RFM - Simplesmente degradante



Gosto imenso de ouvir rádio.
Para mim ainda mantém um charme jamais atingível pela televisão, cuja função usurpadora de intimidades e princípios, transforma tudo onde toca em lixo.

Seja em casa, no carro, num transporte colectivo ou no trabalho, não prescindo dessa companhia.

Obviamente que ouço aquilo que quero e quando não gosto existem alternativas e quedo-me quieto.

Mas nestes últimos dois meses, volto a escrever dois meses, por razões que ultrapassam a minha escolha e os meus gostos, vejo-me na obrigação de ouvir no gabinete, baixinho quanto possa, uma emissora pré sintonizada no equipamento de som onde trabalho e ao qual não tenho acesso (caso contrário já teria resolvido a situação); a inenarrável, a impossível, a inexplicável RFM.

Reconheço que sempre embirrei com esta emissora por várias razões; primeiro por ser apêndice da RR, uma impostora do espectro radiofónico nacional onde abusivamente ocupa várias frequências com mais uns apêndices semelhantes; M80, FIFM, etc.
É que assim é fácil agredir os nossos ouvidos nem que seja no cu de judas.

Segundo porque é uma emissora, no meu ponto de vista, declaradamente arrogante mas mesquinha e que se arvora senhora das grandes musicas, o que logicamente é mentira absoluta.

Terceiro, porque repete ad eternum e tem-no feito nestes quase dois meses de Verão, as mesmas músicas. Digo e repito as mesmas músicas até não se poder mais.

Ligaram a music box onde copiaram o que eles chamam de grandes músicas e aqui vai disto; ouvir durante dois meses a mesma lenga-lenga.
Até parece que estamos numa tortura policial daquelas que alguns sistemas policiais utilizam para extorquir "verdades" ou darem cabo do nosso canastro.

Simplesmente miserável.

Experimentem ouvir pelo menos duas vezes ao dia e durante dois meses Shape of my hard do Sting e digam-me se, embora goste desta canção, não ficam desagradados.

E então se for Robbie Williams em She´s the one?
Ao fim de duas semanas salta-vos a tampa.
Isto para não falar no terror auditivo e das terríveis dor de cabeça que se transforma o Eryk Prydz em Call on me, ou da Rihana em Rude boys.
De vomitar ao fim de três semanas a ouvi-los diariamente.

Enfim; não sei quem lhes disse que sabiam de música.
Deve ter sido o Tojal que gosta de acordar o Tugal.
Só pode.

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