Diferentes Selecções
Num mesmo dia duas situações diferentes, dois tratamentos diferentes.
Durante um certo período de tempo, uma selecção nacional de Volley Ball, lutava contra a Polónia, num pavilhão com cerca de 2.500 adeptos, o acesso aos Jogos Olímpicos de Beijing.
Foi eliminada, aliás como seria de esperar.
Poder-se-á dizer que sem glória, sem apoio, mas lutaram com aquilo que sabiam e podiam.
Quem não tem, a mais não é obrigado.
Os polacos, muito naturalmente venceram. Eram muito mas fortes.
Ao mesmo tempo um conjunto de milionários, saía de um hotel de luxo, depois de terem deixado as suas viaturas super luxuosas. Entraram num igualmente luxuoso autocarro e dirigiram-se com batedores policiais, seguranças privadas e bandos de jornalistas, perante dezenas de milhares de entusiastas, para o Palácio da Presidência da República Portuguesa, onde foram recebidos com quase honras de Estado.
Muita coisa me chocou nisto tudo, mas algo me tocou profundamente porque define critérios de tratamento, escolha e diferenciação tão evidentes e injustas em Portugal:
Por um lado o esquecimento apressado da prestação da Selecção de Volley Ball perante a Polónia. No fim de contas o Volley é uma modalidade pobre, não dá dinheiro e audiências.
Por outro a soberba, o desprezo e a petulância dos Senhores Jogadores da Selecção Nacional de Futebol, o carnaval a que um País inteiro se deu e dá, e porque não dizê-lo, a piroseira a que nós tão bem nos subjugamos sem pestanejar.
Tudo isto acompanhado por um esquadrão de jornalistas doentiamente idiotas.
Se no primeiro caso o assunto estaria antecipadamente arrumado dado o valor do adversário, neste ultimo e dado que as “excelências da bola” são tão sublimes e virtuosas, não nos devemos ficar por menos e exigir que tragam a taça.
Para quem teve e tem tantas benesses não é seguramente pedir muito, é uma obrigação. De uma coisa podem ter a certeza, cá estaremos nós para os cobrar, sem dó nem piedade!
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