O 10

- 10 E6; Dez à sexta, dez elevado à sexta potência ou 1.000.000 (um milhão).

- € 10.0; Dez €uros, ou sejam o equivalente a 2.000$00 antigos.




O primeiro valor representa o número de Portugueses, seres Humanos, Cidadãos, nossos compatriotas sejam eles brancos, pretos, amarelos ou às riscas que vivem abaixo do limiar da pobreza, à míngua, de mão frontalmente estendida ou envergonhadamente implorante.
Não são cães, não são animais!
São Mulheres e Homens!
Dez por cento da população de um pequeno País periférico sem qualquer poder inter activo na sociedade europeia e cada vez mais distante das metas almejadas em tempos idos.
Direi mais; atraiçoado!



O segundo é o valor a que eles têm direito por dia, num Portugal pertencente ao Continente Europeu, fazendo parte da Comunidade Europeia e que possui a maior, a mais degradante e obscena diferença salarial entre ricos e pobres, entre os pouquíssimos que muito ganham e que passeiam a sua maldita soberba diariamente nas auto estradas das principais cidades deste País, tão padrasto para os seus filhos e os muitíssimos que sobrevivem diariamente num afã de trabalho entre oito a dez horas diárias sem qualquer compensação a que têm direito por lei geral de trabalho.

“É o mercado a funcionar”, dizem contabilistas arvorados em Economia defendendo uma realidade tenebrosa e apocalíptica que tem sido esta sociedade de egoísmo, intolerância, petulância e soberba, típica do mais selvagem e desumano capitalismo que alguma vez a humanidade atravessou.
E isto no século XXI.

É a realidade de um País como Portugal que neste momento embebeda os seus filhos, tratados como bastardos, com uma anestesiante propaganda futebolística e promessas de uma virtual chegada ao altar do Olimpo.

Não vale a pena contestar os valores provenientes de Bruxelas quando, para quem normalmente viaja por esta Europa, se depara com uma evidente e bem dura realidade, seja em Espanha, Itália, Estónia ou Polónia, só para falar nestes exemplos: eles foram muito mais realistas e não tiveram mais olhos que barriga.
Eles, quer se queira ou não, foram e são muito melhores.
Só não vê quem é cego.
Só não acredita quem quer fugir da realidade ou quem vive na atmosfera virtual de que temos algum peso, algum valor no contesto das nações europeias (e infelizmente já não só nas nações europeias).

Os dados estão aí e não vale a pena procurar buracos para esconder a cabeça.
Todos, mas todos os governos de dois, apenas dois partidos (PS e PSD), foram os culpados de toda esta podridão governamental e política que nos envergonha pelo lugar que ocupamos no seio das nações europeias.

Ou arrepiamos caminho já, ou dentro de dez anos estaremos a competir com os países mais atrasados do Magrebe.

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