Pensando num equilíbrio mais estável
A política, aliás como em tudo na vida, é um jogo resultante de uma escolha de princípios que mais se adaptam às nossas necessidades e ao nosso posicionamento estratégico no terreno tendo em vista não deixar que nos façam o ninho atrás da orelha de modo a que possamos olhar o nosso adversário (ou inimigo) no mínimo pela frente e jamais de baixo para cima.
Se os Americanos escolheram a República Checa e a Polónia para instalarem os seus mísseis de longo alcance nas barbas da Rússia, unica e exclusivamente com fim de os desafiar (não nos venham com a história da carochinha dos mísseis do Irão que isso é para trabalho fim de curso de "jornalista estagiário"), obviamente, e muitíssimo bem de acordo com o meu ponto de vista, Hugo Chavez pode e deve convidar Mr. Putin a instalar mísseis na sua Venezuela mesmo defronte das barbas do Tio Sam (comentário à parte: que bem os merece, diga-se de passagem - ele Tio Sam).
É que assim pode-se dar início a um equilíbrio económico!militar entre potências, todos têm medo uns dos outros e deixa de haver um só xerife a querer tomar conta de tudo e de todos, o que diga-se de passagem tem-no feito com um péssimo desempenho.
Valia a pena pensar nisso
Depois de Bachir, sem dúvidas que existem fortes razões para se julgar Karadzic!
Mas está o TPI a ser imparcial?
E do lado do Ocidente não existirá quem seja responsável pela morte comprovadíssima de milhares de Iraquianos?
Será que temos sido uns santos?
Será que o ódio crescente pelo Ocidente, proveniente de alguns quadrantes, é fruto de populações facilmente tomadas e chamadas de fanáticas que não sabem o que dizem ou querem?
Será mesmo assim?
Ña nossa consciência de Ocidentais, caso ainda exista alguma para com aquelas gentes, não nos pesam as injustiças efectuadas durante a ultima e na presente década (isto já para não falar de épocas distantes) no Iraque , no Afeganistão, no Líbano, na Palestina e agora em fase de preparação, no Irão?
Será uma heresia afirmar-se que tal como os senhores atrás descritos, Busch e Olmert tambem deveriam passar pela barra do TPI?
Já agora valia a pena pensar nisso!
O realismo da frase que dói
"Não estamos a falar de idosos, dos típicos desempregados, mas de pessoas com menos de 40 ou 45 anos que se calhar não deixam de pagar a netcabo nem desmarcam as férias na agência de viagens mas passam fome".
Manuel de Lemos [presidente da União das Misericórdias], DN, 20-07-2008
A frase que muita gente desejava dizer mas que por razões de alguma contenção verbal e educação de base não arrisca.
É tão verdade como o FMI afirmar ainda durante esta semana que nós, os portugueses, vivemos acima das nossas possibilidades e que somos os principais culpados da crise interna a que se chegou e que nos coloca na cauda Europa (e não só)!
O que me revolta é que nada contribuí para esta situação, lutando e trabalhando sempre mais de 10 horas por dia para que uns figurões (e afinal são muito mais do que eu pensava) venham agora chorar por aquilo que nunca lutaram e lhes caiu na barriga de mão beijada.
Desses não tenho pena nenhuma. Só me dói terem sido os de fora, da Europa e do resto do Mundo, a alertarem-nos para esse facto durante tanto tempo e dado o fiasco em que nos tornámos a considerarem-nos gastadores, irresponsáveis, petulantes, mesquinhos e atrasados.
Dói muito mas é a verdade e só a nós o devemos!
Nunca me senti tão desiludido com este povo como agora.
Vamos pagá-las e bem caras!
Manuel de Lemos [presidente da União das Misericórdias], DN, 20-07-2008
A frase que muita gente desejava dizer mas que por razões de alguma contenção verbal e educação de base não arrisca.
É tão verdade como o FMI afirmar ainda durante esta semana que nós, os portugueses, vivemos acima das nossas possibilidades e que somos os principais culpados da crise interna a que se chegou e que nos coloca na cauda Europa (e não só)!
O que me revolta é que nada contribuí para esta situação, lutando e trabalhando sempre mais de 10 horas por dia para que uns figurões (e afinal são muito mais do que eu pensava) venham agora chorar por aquilo que nunca lutaram e lhes caiu na barriga de mão beijada.
Desses não tenho pena nenhuma. Só me dói terem sido os de fora, da Europa e do resto do Mundo, a alertarem-nos para esse facto durante tanto tempo e dado o fiasco em que nos tornámos a considerarem-nos gastadores, irresponsáveis, petulantes, mesquinhos e atrasados.
Dói muito mas é a verdade e só a nós o devemos!
Nunca me senti tão desiludido com este povo como agora.
Vamos pagá-las e bem caras!
Semente de Boa Vontade??
Alguem sempre simpática nos seus comentários, referindo-se ao meu artigo anterior, Trocas Dolorosas, me disse que eu teria um carinho muito especial pelo Médio Oriente!
É verdade tenho.
Conheci e permaneci alguns tempos, não tão longos como desejaria nesse Médio Oriente.
Como não podia deixar de ser, tenho belas e felizes recordações.
Adorei a doçura das pessoas, afinal como gosto de toda a gente, estejam onde estiverem, seja qual for o continente!
Mas se todo o sofrimento humano é inqualificavelmente ingrato, seguramente que em mais nenhuma parte do mundo ele é tão desumano, tão obsceno, tão violento e atróz como no Médio Oriente, fruto de artificialismos e preconceitos históricos em que os "interessados", cobardemente se posicionam bem longe daquele local.
Tanto me doeu ver uma mãe israelita chorar até à exaustão um filho assassinado pelos Mudjahedin Libaneses do Hezbollah como ver um pai libanes desmaiar agarrado ao caixão dos restos do filho morto pelas forças israelitas.
Às vezes, na minha histórica ingenuidade, imagino vêr num radioso e calmo dia, típico daquelas paragens, estes dois povos cansados desta mortandade, apoioando-se um no outro, já sem forças, a desfalecer, exangues.
Apenas imagino!
São estas as razões que me levam a acreditar que qualquer atitude deste género é como se nós deixássemos cair uma semente de Boa Vontade mesmo que, sem olhar para o nosso "considerado inimigo", a lancemos de costas!
Mas ela fica lá, e talvez cresça!
Trocas dolorosas
(foto retirada do El Pais)
Diz-se que ontem foi um dia triste para judeus e alegre para libaneses.
Esta será a primeira conclusão que se pode tirar das imagens passadas nos canais de televisão de todo o mundo Ocidental à chegada dos corpos dos dois soldados Israelitas raptados pelos mudjahedin do Hezbollah.
(Foto retirada da Al Jazeera)
Ao mesmo tempo em Beyruth festejava-se a libertação por parte de Israel, de Samir Khundar mais três militantes libaneses, mas simultaneamente chorava-e a entrega de dezenas de cadáveres de outros militantes do Hezbollah.
No Ocidente a CNN, BBC, Sky News, etc, focaram as alegrias “despropositadas” dos libaneses em contrapartida com a profunda tristeza dos judeus à recepção dos dois caixões negros com os restos mortais dos seus soldados.
Na Al Jazeera TV, Al Arabya, PressTV (Iran) e outras estações do Médio Oriente as notícias eram obviamente de sinal contrário.
Alegria “moderadamente oficiosa” dos árabes pela libertação de uns e profunda tristeza pela entrega de corpos dos menos afortunados.
Pouco ou nada (mesmo nada no caso da PressTV Iraniana) foi dito sobre a entrega dos corpos israelitas às suas famílias. Como comentário apenas isto; “por cada judeu que se chora em Israel, aqui no Líbano choramos cem dos nossos filhos. Não temos que os lamentar”.
Perante isto uma coisa é certa; goste-se ou não ambos os lados têm as suas razões e operam segundo os seus princípios e esta troca veio confirmar que embora Israel jamais abandone os seus homens, nem mesmo depois de mortos, o Hezbollah também não.
Para aqueles que não conhecem a realidade desta guerra, habituados que estão às “injecções” tendenciosas que os media Ocidentais lhes inoculam sobre os terrores do Hezbollah ou do Hamas, convinha que havendo essa possibilidade, equilibrassem as suas ideias sintonizando estações televisivas do Médio Oriente (há-as em língua inglesa, francesa e espanhola). Talvez moderassem os seus ímpetos!
Mas para quem conhece as duas realidades resta a esperança de que exemplos como esta troca de prisioneiros se repita até se chegar à conclusão de que é impossível eternizar-se uma vivencia comum com tal ódio de morte.
Não é humanamente possível sobreviver num estado de guerra eterna e está visto, ao fim de sessenta anos que essa não pode nem será a solução!
Para mim, mau grado tristezas de uns e alegrias de outros, o facto de haver troca de prisioneiros já é sem sombra de dúvidas uma acção louvável.
I confess
Ok.
I confess.
Despite my dark gray opinions about American away of life and "global provocative collateral effects", I have to recognize, at least the wonderful and amazing ideas, scientific developments, music, arts and so on, so on, so on, things made in USA.
Watch this machines.
I remember the first set of Ford Mustang arrived in Portugal. It was in the middle of a petroleum crisis. I am referring the 70´s!
Now they are back with a new shape, a new face but always with the elegant and aggressive line that in a certain away defines the America that, secretly in the bottom of my hard I always loved and love yet!
Let´s see if Obama will maintain this secret love nowadays sleeping!
I hope so!
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