De 25 de Abril de 1974 a 25 de Abril de 2023!

 


25 de Abril de 1974!
Da saudade da explosão de alegria naquela data que vivi em 1974, para alguma desilusão no 25 de Abril de 2023. Já lá vão 49 anos.
Muitas conquistas, muitas emoções, muitas ações que beneficiaram o nosso Povo e a Liberdade desse mesmo Povo que em tempos foi grande, sempre num País pequeno!
Mentiria se dissesse que Portugal não está melhor; claro que está!
Quem disser o contrário, está enganado ou é maldoso.
Basta um olhar em redor e sentir o pulsar de uma nova realidade, de uma nova beleza e alegria!

O peso da idade, a prática do que vejo e sinto, da vida já vivida e tudo aquilo que conheço tanto em Portugal como no estrangeiro dão-me essa garantia que Portugal melhorou muito.
Reduziu-se muita miséria, melhoraram-se os serviços de Estado, as infraestruturas, o ensino, a saúde, as vias de comunicação, a segurança das pessoas, a liberdade de movimentação, o fim da Guerra Colonial, deixámos a macambuzice e os xailes negros, optámos por mais alegria, etc, etc.

Mas não se chegou a melhorar o sentido, o sentimento e o patriotismo, a cidadania e responsabilidade na formação das pessoas e na partilha perante o tanto que se ganhou!
Ou antes; uns poucos ganharam não só aquilo a que tinham direito, como juntaram o que pertencia à grande maioria, por direito.

De arrasto, e mais nestes últimos anos, começaram a surgir as tristezas, as angústias, as desilusões, as mentiras, as traições, as corrupções, as nostalgias, os medos ao "imigrante estrangeiro", alguns momentos de revolta, a seu tempo contidos, perante as injustiças de quem nos quis vender “democracia” como se vendesse pacotes de castanha assada, esquecendo-se de nos deixar viver e mostrar o que é viver a DEMOCRACIA!
A pobreza, mesmo com as centenas de milhar de milhão de Euros provenientes da EU, não foi erradicada como seria nossa obrigação e tal como sempre nos prometeram nas campanhas eleitorais.
E a guerra, a guerra que do exterior nos está vergonhosamente a ser imposta!

Vão-se aceitando essas realidades com um olhar para o lado e vão-se acentuando as diferenças sociais; os pobres cada vez mais pobres, os ricos, incomparavelmente menos em quantidade, mas cada vez mais ricos.

Com o advento da Pandemia e da guerra, divergências e desenganos vieram piorar e fazer emergir à tona de água o crime dessas desigualdades!
Os embustes, as mentiras, os crimes violentos apareceram quase de surpresa.
Uma casta de gente sem escrúpulos, pouco aconselhável apossou-se do poder. Bem sei que por meio do voto. Mas, e o que vale o voto se após eleições se impõem soluções a belo prazer com “soluções” cada vez mais restritivas?

A “subida” ao Olimpo dos boys “licenciados” em manhosos cursos de pomposa nomeação de Estudos Europeus e "Universidades" pouco aconselháveis é o sinal de que o sistema do Partido (s) pretende estar acima de tudo e da Lei.
A vida da juventude de hoje é quase virtual e não se lhes prevê um futuro brilhante continuando com as políticas de desvalorização das qualificações dos jovens trabalhadores e do próprio trabalho.

O mérito é considerado crime; há que nivelar por baixo e rasteiro; esse é o objetivo!

Dos Sindicatos, hoje amordaçados à tenebrosa e asquerosa Nova Ordem do respeitinho pelas diretivas dos partidos, que compõem ou apoiam o Governo, só emitem gemidos, para não criar muita entropia.

Os mesmos partidos criaram e guiaram os seus girinos e gambuzinos “licenciados” manhosos, incompetentes e ineficientes para os lugares de gestão de serviços do Estado.
O tecido industrial do País foi dinamitado, desintegrado, destruído, delapidado num período de 27 anos (é obra de canalhas, caraças!!!).

Tudo o que se produz hoje é de origem exterior ou no máximo de montagem nacional; pouco ou nada é Made in Portugal.

Tentam-nos fazer acreditar em unicórnios e arcos iris de cores manhosas ou pink flying porks. Tentam adulterar as nossas crianças nas escolas com as teorias mais imorais e animalescas que alguma vez se pode admitir num sistema de formação harmonioso. Grandes canalhas, grandes "cães"!
E mal de nós se não aceitarmos ou admitirmos tais peregrinas ideias; pois o epíteto com que somos designados, já toda a gente sabe qual é; fascista (algo que em termos políticos e filosóficos nem 99% da população sabe o que é)!
O sub-reptício aparecimento de novas e mascaradas censuras, impostas inclusive pelos malditos media, presos caninamente às mesas dos Seus Senhores, esperando destes as migalhas que lhes atiram para se calarem ou mentirem à vara larga, são simplesmente escandalosas, assim como o advento de neo inquisições, bufarias e “chibos” diversos mascarados em "comissões" de análise social que julgarão todo aqueles que tiverem coragem de dizer NÃO ou lançar na "lama" gente denominada "politicamente incorreta"!

É a Nova Ordem a inversora paradoxal do sistema político e que leva a que agora é o “conservadorismo” que se proclama revolucionário e que tenta reverter a situação perante o descontentamento popular, enquanto os adeptos do “progressismo” e daquilo a que chamam hoje de “esquerda” (e que nada tem a ver com a ESQUERDA) passa a ser apenas a manutenção dos direitos adquiridos, dos ideais de imoralidade, princípios duvidosos e estranhíssimos “esquecimentos” sobre o que é a realidade das lutas laborais e sindicais.
No meio disto tudo e por inteira culpa dos "democratas de pacotilha e do asco" há sempre quem queira aproveitar a “onda” do descontentamento; o populismo, uma doença da Democracia gerada por ela própria, uma patologia de um sistema que é tudo de mau, menos DEMOCRACIA.

Alguém ou alguns estão prontos a avançar, a ganhar espaços e a tirar dividendos de eventuais atitudes de desespero e desilusão popular! Não nos iludamos!
E quem perde com isso? É o nosso País! É o nosso Povo!

Mesmo assim e de algum modo angustiado com as últimas cenas de divisão extremada que se sente na sociedade portuguesa, espero ardentemente que neste dia 25 de Abril de 2023, longe das enganadoras, tristes, sonolentas sessões governamentais e Parlamentares, ao menos reconheçamos que só unidos poderemos ultrapassar esta fase e que a Festa seja a Festa do Povo, de todos e não só de alguns que teimam em se assenhorearem daquilo que não lhes pertence, nem sequer por direito próprio!
25 de Abril sempre.

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