"Estudos", que estudos?

Estudo
Metade dos professores portugueses sofre de stress, ansiedade e exaustão
Investigadoras do ISPA inquiriram mais de oitocentos docentes de todo o país. A indisciplina e o desinteresse dos alunos, o excesso de carga lectiva e a extrema burocracia nas escolas são os principais motivos apontados.
Público 11.06.2012


Por falar de stress, começa a ser insuportável ler e ouvir "estudos" suportados por outros tantos institutos, organizações, outras quantas tertúlias mui intelectualizadas sobre actividades profissionais.

Vem agora um ISPA alertar não sei a quem, que os professores portugueses sofrem de pressão e stress.
Não me vou por aqui a falar sobre a responsabilidade que estes senhores, os professores, tiveram por se chegar ao ponto a que se chegou no que concerne ao ensino deste desgraçado País.

Mas é inadmissível que ninguém destes senhores "investigadores" se dedique a estudar o stress de um turno de trabalhadores numa fábrica de, por exemplo e só como exemplo, peças de automóveis.

Trabalho na industria deste País de faz de conta há mais de quarenta anos, como profissional de engenharia no ramo mecânico e nunca vi ninguém fazer um trabalho de pesquisa sobre as actividades esgotantes de uma classe que continua a ser esquecida por alguns "intelectuais", a classe operaria da indústria, pelo horror que têm em se misturarem e analisarem o que se passa numa instalação produtiva de alto rendimento.

Talvez por isso mesmo, por ser uma instalação industrial e ser considerada menos "apropriada" a tão doutas investigadoras ou investigadores, existe um sentimento adverso a tais actividades que se calhar são responsáveis pelos seus (deles) ordenados auferidos ao fim do mês.

Se não for stress passar 8 horas seguidas num ambiente de ruído superior a 85dB (espero que tão doutas figuras saibam o que isso é) com 15 minutos de paragem por cada 4 horas de turno e somente meia hora de almoço, para além do constante e esgotante incentivo aos melhores procedimentos, então ninguém sabe o que é stress e este estudo deve levar o caminho respectivo do caixote dos papeis sem qualquer utilidade.

A gravata e a doutorice meteu-nos no beco em que nos encontramos, ou seja na penúria.

É inadmissível que não se perceba que se não forem industrias e o fabrico de bens tangíveis, não há "serviço" que se aguente.
Parece que se continua a fugir dessa realidade e a assobiar para o lado.

E duvido que seja assim tão difícil perceber isso.
A não ser por preconceito e nisso o luso descendente é o maior.
Por isso não passa da cepa torta.

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