10 de Junho



O velho abutre é sábio e alisa
as suas penas
A podridão lhe agrada
e seus discursos
têm o dom de tornar as almas
mais pequenas

Sophia de Mello Breyner Andresen

Deixou-lhe um gosto amargo Sr. Presidente!

Deve-lhe ter pesado a consciência ao pretender reparar a injustiça e pouca humanidade ao não autorizar a pensão que a viúva de Salgueiro Maia merecia após a morte prematura de alguém que apenas pediu à vida para viver em paz.
Alguém a quem a vitória do 25 de Abril de 1974 tudo deve!

Nestes dias em que é mais fácil premiar quem nos rouba, quem em pouco tempo destrói a economia do nosso País, quem se ocupa de eliminar toda a esperança de melhores dias e que nos mantém em crise latente, a colocação de um ramo de flores junto à estátua de Salgueiro Maia em Santarém por parte do Sr. Presidente é quase irreal.
Não faz sentido.
Só mesmo num país perigosamente doente e com um histórico mas constante sentimento de culpa!

"La cosa Berlusconi"

La cosa Berlusconi
No veo qué otro nombre le podría dar. Una cosa peligrosamente parecida a un ser humano, una cosa que da fiestas, organiza orgías y manda en un país llamado Italia.
El Pais online de Junho 7, 2009


Agora é que me deram.
Agora doeu-me.
Gosto por demais de Saramago para o censurar ou inclusive me voltar contra ele!
Jamais!
Pensei que pelo facto de o meu escritor português (e não só) preferido, ter sido censurado por Berlusconi (a Coisa) por causa do seu livro, só por si não lhe criasse o mínimo de problemas nem sentimentos de revanche.
Habituado que está a ser atacado e censurado pela bem Lusitana iliteracia manhosa, latente e militante, pensei que Saramago nem se desse ao trabalho de responder ou ficar sentido!
Enfim. Surpresas!

Mas também não aceito nem admito que se vasculhe a nossa casa ou a nossa intimidade seja ela de retiro eremita ou de gostosa rebaldaria, como aquela que aconteceu!

Quando disse passar de "malas e bagagens" para Il Cavalieri, foi porque espumei de raiva contra esta maneira terrorista de fazer jornalismo, onde no seu próprio e já vasto submundo, traiçoeiramente rasteja, há muito, a conhecida e abjecta classe dos paparazi.
Foi com isso que me passei completamente dos carretos, ainda por cima quando nestas festas, não vai mal nenhum ao Mundo; a não ser na cabeça de alguns atrasados mentais.
E fico-me por aqui!

Não se pode estar em lado algum!



Berlusconi considera "inocentes" fotos que mostram pessoas nuas no jardim da sua vivenda
O primeiro-ministro italiano Sílvio Berlusconi considerou “inocentes” as fotos publicadas no "El Pais" que mostram mulheres em topless a tomar banhos de sol no jardim de uma vivenda sua e disse serem uma violação da sua privacidade.



Não é seguramente um político das minhas simpatias, mas perante o facto de se tirarem fotografias do interior da sua vivenda só porque andavam por lá umas musas nuas (onde está o mal??), passo-me logo de armas e bagagens para o lado dele, tal é o asco e a aversão que em mim cresce perante actos infames e provocatórios dessa escumalha conhecida por paparazzi.

Vale tudo neste meio "cultural" Ocidental.
Embora não seja importante num computo de análise geral, é mais uma das muitas razões que me faz detestar o Ocidente.
É por isso que cada vez mais apoio, desejo e anseio o crescimento dos países emergentes e me delicio a assistir ao colapso de uma economia Ocidental criada por ladrões, charlatães, gente sem princípios e medíocres mas cheios de soberba e estupidamente auto convencidos.

Stairway to Heaven



Wow.
At the end of the day it’s inspiring me.
How wonderful this melody can be.
How sweet this Stairway to Heaven on Harp and played by a gentle and beautiful lady softens and mitigates my pains and hungers.
Free up my mind during the time is playing the Harp with their delicated fingers.
Clean up my soul from the daily street drugs, from the boss, the newspapers and tv´s broadcastings lies, the always quick and poisoned lunch time, the fucking city and autobahn traffic, the terrible, terrible, terrible children crying, the sweat smell inside the low conditions suburbs buses, trams, trains and tubes that cross the bridge to the architetural poluted, forgotten and ugly left side of the river.

Only Super Gods could do this melody.
Only Jimmy Page, John Bohnam, John Paul Jones and Robert Plant.
Led Zeppelin or die!

Lá começam "eles"



Hillary Clinton pediu publicação do nome de mortos, desaparecidos e detidos
China indignada com apelo norte-americano sobre os mortos de Tiananmen


As autoridades chinesas expressaram hoje “profundo descontentamento” sobre o apelo lançado na véspera pela secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, que instou à publicação dos nomes de todas as pessoas mortas, desaparecidas ou detidas na repressão das manifestações pró-democracia de 1989, na Praça de Tiananmen, há exactamente 20 anos.


Aí está outra vez o cinismo a impor sistemas de opinião controlada e de respeitabilidade muito pouco recomendável.

Lá começam “eles” outra vez a meterem o nariz e a chafurdar na vida dos outros como se tivessem direito a dar ordens em casa alheia!

No momento que se enfrentam os desafios perigosos da Coreia do Norte e que poderão ser controlados pela RP da China, tudo aquilo que sejam tentativas de provocação contra este País, ainda por cima baseados em factos havidas há 20 anos (3 para 4 de Junho de 1989) transformar-se-á seguramente num boomerang contra o Ocidente.
O costume!
Pelos vistos não se consegue aprender mesmo nada.

Lamentar não dá! Que se actue.



Presidente da República nega ter tido acções da SLN
Cavaco Silva revela que "boa parte" parte das suas poupanças "estão desaparecidas"
03.06.2009 - 19h14 Lusa, PÚBLICO
O Presidente da República, Cavaco Silva, revelou hoje aos jornalistas que está a perder muito dinheiro com as poupanças que tem nos bancos e que parte delas “estão desaparecidas”.

"Eu e a minha mulher, antes de eu estar nesta posição, quando éramos apenas professores, não tínhamos as nossas poupanças debaixo do colchão, nem tão pouco no estrangeiro. E agora também não. Entregámos as nossas poupanças a quatro bancos, incluindo o BPN, para eles gerirem as nossas poupanças. Esperávamos que eles gerissem as poupanças bem, que conseguissem um bom rendimento. Infelizmente estamos a perder muito, muito dinheiro. Boa parte das nossas poupanças estão desaparecidas".
Publico online de 3 de Maio de 2009

Existem centenas de milhar de pessoas em Portugal numa situação de angústia perante a pobreza que diariamente lhes toca à porta.

Existem mais de 500.000 portugueses desempregados. Cerca de 10% da população activa do País mais dependente da Comunidade Europeia e da economia externa!

Perde-se o trabalho, vêm-se reduzidas as capacidades económicas de dia para dia, Depositam-se as economias em Bancos que mais não foram e ainda são, autênticas associações de bandidos, ladrões, crápulas e malfeitores que sem qualquer tipo de escrúpulos roubam o que podem para pagar prémios de "bons serviços", "bons desempenhos" ou transferirem parte do saque para contas em paraísos fiscais.
Tremenda obscenidade!
Tremenda desumanidade!
Nunca me passou pela cabeça assistir a tais actos de pirataria económica como aqueles que agora diariamente se nos depara!

Mas Vossa Excelência, Senhor Presidente, conhece bem toda essa gente.
Partilhou fases da vida política portuguesa com essa gente.
Participou em governos anteriores com muitos deles.
Sabe quem são, um por um!

E sabe também das traições que nasceram e se foram desenvolvendo desses tempos até hoje e que levaram o País mais para o fundo do que aquele onde já se encontrava, onde sempre se encontrou.

Não é justo que agora se queixe por ter sido igualmente roubado e enganado por essa canalha. Já os conhecia e já sabia o que eles eram capazes de fazer!

Por tudo isso e ainda pela angustia que se nota nas suas intervenções (e tenho a certeza que é sincera), é-lhe exigido neste momento acção urgente da sua parte.
Tem o poder para isso.

Será ao menos uma oportunidade de passar uma esponja sobre a sujidade que se andou a criar durante estas duas últimas décadas!

Duas janelas (Do panjereh)



A canção já é antiga, pré Revolução Islâmica do Irão (1979).
Foi escrita e cantada por Googoosh, uma actriz Iraniana equivalente para este povo em popularidade e dimensão à nossa Amália Rodrigues em Portugal.

Googoosh vive desde o ano de 2000 nos Estados Unidos.

É um simples poema de amores impossíveis, daqueles poemas muito em voga, cantados nos finais da década de sessenta início de setenta.
Corporiza esse amor impossível em duas janelas (do panjereh), que lado a lado, tão próximas em termos de distância física, mas igualmente tão longe, sem nunca se poderem tocar.

No que à dificuldade de relações Mulher/Homem diz respeito, está ainda muito actual no Irão, país que bem conheço e que, mau grado as enormes e intrigantes contradições existentes, sempre me marcou e marca muitíssimo ainda hoje!
Realmente não se escolhe quem se gosta ou se ama!

Mas cansado de comentar os "desastres" que assolam este desgraçado Portugal que vão desde a estupidez da justiça, a trinta anos de roubo descarado e gula de antigos membros de Governos incompetentes (PS e PSD) responsáveis pela latente situação de subdesenvolvimento que sempre vivemos, passando pelo vergonhoso terrorismo dos Media, pela destruição sistemática do nosso tecido produtivo e por aí adiante, quedei-me por me virar “lá para fora”.

No fim sinto que aquela frase, “o que vem lá de fora é melhor do que aquilo que cá fazemos”, tem uma grande razão de ser!
Não é dita por acaso e haja quem me demonstre o contrário!

Difícil, impossível de o fazerem após sessenta anos de vida e ter o mérito de conhecer o que conheço!

Duas janelas na fria parede,
Sós e abandonadas, uma és tu, outra sou eu,
Na parede de pedra negra, fria, áspera,
Que afasta os nossos lábios cansados,

Sem nos podermos mover por baixo do seu peso,
Que contem toda a história do nosso amor,
Mantendo distante as minhas mãos das tuas,
E esta dor que nos magoa noite e dia.

A distância que nos separa não é longa,
Mas mesmo assim infinitamente grande,
Única razão que nos mantém juntos, mas distantes,
Devemos ficar sempre assim paralisados,

Porque enquanto assim permanecermos,
Estamos vivos mas desejando a liberdade que é o nosso fim,
Precisamos de morrer para sermos livres,
Quero que destruam esta parede,

Para que eu e tu possamos morrer juntos,
E que noutro Mundo possamos dar as mãos,
Onde não exista tanta dor nos corações,
E que não hajam janelas, por não existirem paredes.

Europa, para que te quero??

Que tipo de Europa será esta que vivemos?   Com o “motor” franco-alemão avariado, o regresso iminente de Donald Trump à Casa Branca, as guer...

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