Sete Rosas Mais Tarde




Conheci o Eduardo à porta do café Pigalle na Amadora da minha infancia, da minha juventude, do rugby do Estrela, das contestações às diatribes e posicionamentos do PS À direita, etc.
Seguramente que não se lembrará de mim, já lá vão tantos anos e como em tudo na vida tomam-se rumos diferentes e na maior parte dos casos divergentes.
Gostava, gosto e gostarei sempre de ler os seus artigos, crónicas, comentários, um perfeito intelectual.
Sinto que com mais uma morte destas é toda uma cultura portuguesa que vai desaparecendo aos poucos, estando a tomar o seu lugar uma autentica horda periodística pirata.
Gostaria de saber qual a beleza e o sentido do título que Eduardo Prado Coelho iria dar às suas novas crónicas. Como o desconheço em absoluto é com todo o respeito que o utilizo neste meu pequeno contributo a uma pessoa que literariamente foi e será um modelo a seguir.

Come Be My Light

"Sinto que Deus não me quer, que Deus não é Deus e que ele não existe realmente."





O novo livro de Madre Teresa «Come Be My Light» agrupa as cartas enviadas aos seus confessores e superiores.

A correspondência salienta que passou a maior parte dos seus últimos 50 anos de vida, mais de metade da sua vida, em profunda crise espiritual. De tal ponto foi essa crise que inclusive a levou a duvidar da existência de Deus.


Bom! Quando assim é, quando um santo da casa pensa durante a sua vida deste modo ou "enlouqueceu" ou andou e sentiu que estava a enganar mundo inteiro, o que para mim é quase que imperdoável. Digo quase porque existiu nesta senhora uma consciência dos embustes em que foi e aceitou ser "enrolada" e, reconheça-se, deixou obra notável. Só por isso o quase!!

ENDEAVOUR

Há muito que não passo cartão ao meu Blogg.
Terá sido pelo facto do tempo estar morno e sugestivo para uma "bronzeadela". Terá sido por não estar com o espirito devidamente inflamado e revoltado para estravazar as intolerâncias ou terá sido por estarem todos a banhos lá para o Al Gharb coçando as barrigas cheias de cerveja, dedos engordurados das sardinhas assadas e cheios de micose por causa das areias da praia misturadas com a água do mar?
Deve ser de tudo isto!!



Mas não podia deixar passar o espetacular feito da Endeavour, aliás como todos os feitos ligados ao Cosmos e à Conquista do Espaço.



Não sou invejoso mas Dave Williams, Scott Kelly, Barbara Morgan e os restantes quatro cosmonautas fizeram-me coçar o cotovelo.
Resta-me imaginar a visão maravilhosa de ver o nosso planeta Terra à altura de 122 milhas (219,6 Kms), durante 12 dias, 17 horas, 55 minutos e 34 segundos, até aterrar no Kenedy Space Center pelos seus próprio meios, planando como uma pena de uma ave ao sabor de um vento meigo e bonançoso.



122 milhas de altura, no espaço, extasiado com o que a Mãe Natureza nos presenteia, graças tambem ao ser humano que consegue desenvolver através das ciencias matemáticas e físicas um equipamento que só a inteligencia humana pode ou poderá conceber. Longe das guerras, das misérias, dos deuses e cristos malditos que nos atormentam e atorfiam. Quem me dera ter lá estado.
É disto que eu gosto nos Americanos!!

(As imagens foram obtidas através do site da NASA. Com a devida licença.....)!!

Iranie Kashanguy



Já que Miguel Torga é tão injustamente esquecido, haja ao menos algo que nos acalme a revolta contra tanta manha maldosa e tão lusitana!
Tenho a certeza que vão gostar "disto"!
Eu gostei, porque vi, porque vivi e senti, porque andei e porque conheci.
Jamais esquecerei esses meses de Julho e Agosto de 2005.
Seguramente que um dia voltarei!

Esquecimento manhoso

.....e claro que não era dificil de prever.



A comemoração do Centenário do Nascimento de Miguel Torga um dos maiores escritores, poeta e ensaista portugues contemporaneo, logo foi caír num período de letargia nacional usual nesta terra; o mês de Agosto.



Por parte do Governo nem um comunicado, uma representação oficial, nada de nada!!
Daí o esquecimento manhoso, maldoso e preguiçoso tão vulgarizado, adubado e cultivado no nosso País. Erva daninha!

Que chatice ter de me deslocar agora do Algarve a Lisboa para uma comemoração destas!


Segundo dizia Torga; "é preciso contestar tudo isto para se gostar disto".
Bendito Torga que assim pensava e falava.
Por mim cada vez vejo menos razões por gostar disto, Para quê contestar?

Tou xim???




............."tou Xico, xou eu! Tou na aldeia do Piódão!, Num xabes undé? Nuncóbiste falar home?? Dijem qé muita conhexida. Fica aqui pra xima, numa xerra qualquera que tem uns groundes mountes", perguntava um "turista emigra" vestido com os seus horrorosos calções pirata às riscas brancas e amarelas, uma tshirt cinzenta horror (cor de fome) que mal lhe tapava a proeminente pança, calçando nos pés aqueles pirosos chinelos havaianos "made in Indonesia", agarrado a um telemóvel ultima geração que comprou "nas francias" e encostado à porta de um "xitroan che 4" de 2007 com aquelas pavorosas chapas de matrícula cor amarela, onde através da instalação sonora do veículo berrava poluentemente um nefando Quim Barreiros (ou parecido).
Enfim; um perfeito Tuga.



Olhei para ele e para a paisagem que me rodeava e pensei que alguem ali estava a mais, que destoava completamente. Era como se por instantes algum pato bravo recebe-se autorização camarária de construir um arranha céus de 30 andares no meio da Praça do Marques de Pombal e a 5 metros da estátua do mesmo.




Mas também poderia ser eu que estivesse a mais! Pensei que poderia estar a sonhar. Belisquei-me, dei carolos na cabeça, pisei-me a mim próprio. Mordi os dedos. Mas não. Eu estava realmente lá, tinha "visto", "cheirado" e "ouvido" bem demais!!




Perguntei para mim mesmo porque estaria eu desta maneira? Afinal todos têm o mesmos direitos de ver a beleza de uma aldeia como o Piódão, de subir e deliciar-se com as paisagens únicas das serras do Açor e da Lousã, de se extasiar com o nascer ou pôr do Sol nas suas encostas, de caminhar pelos seus trilhos de uma beleza incomparável, de se deixar levar pela música dos seus silencios, de ouvir o cantar das cigarras e dos seus pássaros.




Será que todos sabem "ver" e "sentir" isto?? Será que todos merecem "ter" estas paisagens?? Será que sim??. Às vezes penso que não, mas é só às vezes, depois passa-me!

در تهارن به خوش آمدید (Bem vindo a Tehran)



Apresenta uma canção que fala do amor e risco pela velocidade (Eshgh e sorat), pela velocidade que imprimimos à vida, tornando-a cada vez mais confusa, mais asfixiante, mais perigosa.



Acima de tudo esta canção faz-me lembrar, com alguma saudade os tempos que deambulei pelas avenidas desta espetacular cidade.



Nem o cheiro a gasolina, o trânsito louco, as milhares de pessoas nas ruas, os pregões matinais, os 45º graus de temperatura me fazem esquece os momentos felizes que aqui vivi. Não há duvida, tenho de lá voltar.

Europa, para que te quero??

Que tipo de Europa será esta que vivemos?   Com o “motor” franco-alemão avariado, o regresso iminente de Donald Trump à Casa Branca, as guer...

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