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Duplicaram, triplicaram e em certos casos quase quadruplicaram. Sim, estou a falar no número de crianças que abandonaram as anteriores modalidades desportivas, fossem elas quais fossem, para se dedicarem com absoluta curiosidade e motivação ao Grande Jogo, ao jogo da oval, à modalidade da camaradagem, da lealdade e da verdade desportiva; numa palavra ao Rugby (ou Râguebi para os mais lusitanistas que não eu).
Qual o segredo???? O sucesso de uma Selecção Nacional que mesmo com quatro derrotas em outros tantos jogos demonstrou, no Mundial em França que com uma vontade férrea e acima de tudo com um profundo amor a uma modalidade de eleição, se conseguem feitos que ultrapassam na maior parte dos casos a própria dimensão de quem os pratica, de quem luta, de quem quer!
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É maravilhoso ver a quantidade de pequenotes, que a partir dos sete anos já correm pelos relvados de clubes da periferia de Lisboa e do Porto (só para falar nestas cidades), oval na mão, pontapé para a touche, tentativas de drop goal, step aways elegantíssimos, deliciando-se na execução de sprints, arranques, mudanças rápidas de sentido, na elaboração de fintas, mas acima de tudo nas tão espectaculares placagens e na alegria louca após a marcação de um ensaio.
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Joguei durante muitos anos. Comecei aos 17 anos e fiz o meu último jogo oficial aos 42 como veterano. Vi e acompanhei todos os torneios nacionais e internacionais desta modalidade sempre que podia. Quando penso em tempos de felicidade, confesso que o Rugby ofereceu-me dos momentos mais felizes de toda a minha vida quando o praticava.
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Por tudo aquilo que se lutou durante tanto tempo e pela alegria de ver a pequenada finalmente mudar o seu sentido desportivo para a mais bela e leal modalidade desportiva que o homem pratica, teremos que agradecer aos valorosos Lobos a lufada de ar puro que invadiu e refrescou este tão doentio ambiente desportivo que, para além de outros, vem envenenando este País!
Só gostaria que o exemplo fosse seguido noutros “campos”!
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