Divagações de uma Sexta feira
Contemplativo que estou, como se tivesse a sorte de estar perante uma paisagem como aquela que vos mostro, não tenho estado nada virado para a escrita.
Mesmo nada.
Ultimamente tenho-me abstido de comentar o que quer que seja embora motivos não faltem em barda.
Nesta fase em que a caixa de velocidades da minha vida está engatada à espera da minha já próxima partida para Moçambique (nunca mais paro de trabalhar), tenho-me sentido bastante longe das realidades do País, embora um ou outro ponto do que se passa lá fora me mereça uma atenção mais cuidada dado o impacto que tem directa ou indirectamente em todos nós.
Depois também porque acabou e da melhor maneira, um evento que me entusiasmou imenso; o Campeonato Mundial de Rugby em França.
Ainda estou na ressaca.
Este, tal como os Jogos Olímpicos, é daqueles fenómenos que começam a deixar saudades mesmo antes de acabar.
Mas, à laia de highlights, não podia deixar de comentar um acontecimento que está em marcha neste mês de Outubro que mais parece um Agosto a convidar praia, vela e uns valentes mergulhos; a Cimeira EU - Rússia!!!!
Sempre, mas sempre gostei da Rússia. Em tempos passados a União Soviética fascinava-me em todos os aspectos. Repito para não haver dúvidas: em todos os aspectos!
Mesmo aqueles em que os ditos “direitos humanos” eram desrespeitados (como se no lado de cá isso não tenha sempre acontecido). Por alguma razão estudei Russo e .... algo mais.
Depois veio a famigerada Perestroïka de Gorbatchev que hoje se arrepende (tarde) da burrada que fez e de ter sido pai de tamanho aborto.
A seguir veio o que se esperava; o vexame, o desprezo, o desrespeito, a humilhação por parte de um Ocidente arrogante e acéfalo. Se dos Estados Unidos não se poderia esperar outra coisa, já da Europa custava admitir. C´os diabos estão aqui ao nosso lado, para quê e porquê a instalação de rampas de mísseis do Pato Donaldo nas barbas de Moscovo?? Digam lá que não é só para provocar??
(imagem obtida da Wikipédia)
Como não podia deixar de ser Vladimir Putin de seu nome, não acreditou nem acredita nas “boas intenções” Ocidentais. Para embarcar tem de fabricar o seu próprio barco. Está a fabricá-lo. Aí está a Rússia a levantar o dedo (bem defronte do nariz dos Ocidentais) e a dizer que; “façam o que fizerem, temos sempre uma palavra a dizer que pesa tanto ou mais do que vocês todos juntos”.
Aqui está a razão porque não gostam dele.
E então é “vê-los” escrever nos jornais artigos ressabiados e acusatórios de suspeitos conluios na eliminação física de dissidentes (para mim mafiosos), entrevistas e conferências de imprensa com outros mafiosos russos expulsos da Rússia e a viverem em Inglaterra ou nos Estados Unidos (não poderia ser noutro local), a exigir-se a independência da Tchetchenia (só se fosse tudo louco), de um Kosovo para transformar os balcans num novo Irak dentro da Europa e ao mesmo tempo abrir precedentes legítimos nas ambições independentistas da Catalunha, País Basco, Andaluzia, Galiza, Bélgica, Lombardia e fico-me por aqui para não assustar.
Bem diz tovarich Putin que é mais amigo da Europa do que os próprios europeus (?).
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