Comunicação Social e a ERC

"Discordo daquilo que dizes, mas defenderei até à morte o teu direito de o dizeres." Voltaire



A ninguém neste País depois do 25 de Abril lhe passa pela cabeça, seja de que modo for que se restrinjam as liberdades de imprensa, que se a domestique, que se a controle ou que se a domine.
Mas algo tem havido que contribuiu para que os fantasmas do passado voguem novamente por cima das nossas cabeças; a irresponsabilidade de muitos e……… incluso da comunicação social.
Sabemos todos o poder que os meios de comunicação possuem. É realmente grande. Um poder não eleito e não reconhecido pelo povo (mas que se arvora como tal).
Um poder quase que ilegal, direi eu.
Assim e dado que muitas vezes escrevemos e afirmamos o que nos vem na real gana sem bases concretas ou com fins menos transparentes, eis que foi criada uma Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) para combater o que há muito se esperava vir a ser combatido; a falta de ética profissional e a irresponsabilidade de quem muitas vezes através dos jornais ou das TV´s não aceita que como em tudo na vida haja limites e bom senso. Não pode ser tudo à vara larga.
Escreve-se no editorial do Público de 11 de Julho de 2007 que com esta nova ERC “o cerco se aperta em torno da liberdade (?) de imprensa”. Aqui está um exemplo de como, com descrições alarmantes e alguma maldade, se pode e se tem vindo a enganar quem lê e quem vê.
O que está em causa é a Lei do Direito de Resposta e a obrigatoriedade de toda a comunicação social reconhecer e aceitar quando “mete o pé na argola”, reconhecer e aceitar o direito de resposta ou a rectificação de qualquer notícia que lese a dignidade e o bom nome de qualquer cidadão ou organização que se sinta atingida e ofendida perante notícias polémicas que muitas das vezes são declaradamente falsas, propositadamente alarmantes, maldosas e passíveis de poder envenenar o “ambiente”.

Leio o Público há muitos anos, desde o primeiro número. Como se afirma no mesmo Editorial tem uma rubrica diária “o Publico errou” que ocupa umas 10 linhas num canto de uma página que pode passar facilmente despercebida. Logo a notícia que agride algo ou alguem e que é passível de contestação pervalece e pervalecerá para todo o sempre. O ofendido ficará na penumbra igualmente para todo o sempre.

É esta situação injusta que necessita de alteração urgente. Caso contrário está-se a jogar com armas diferentes. É esta situação injusta que a Comunicação Social não pretende ver alterada porque não aceita, tal como em qualquer função profissional, que hajam regras.
E o jornal Público tem alinhado bastante para que não hajam essas regras.
Em abono da verdade a figura do seu director não é estranha a esse facto.
Porque nada acontece por acaso.

2 comentários:

Manel disse...

Concordo totalmente
Manel

Guilherme Morgado disse...

Manel. Mas que surpresa agradabilíssima. Bem vindo!
Tens que ir à Croácia. Vais adorar. Havemos de falar nisso.
Quer queiram quer não, tanto na Croácia como na Eslovénia ainda estão pendurados nos salões nobres dos Hoteis a fotografia do......TITO. Nada acontece por acaso, amigo.

Não, não foi o DAESH. Sabemos bem quem foi!!

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