As trombetas acabaram de soar, as fanfarras subitamente deixaram de tocar, o can-can mediático do Eurocirco acabou de terminar.
Desta vez, porém, da uma forma mais desagradável e inesperada, para quem esperava ver reconfirmada a tendência habitual, que consiste na valsa dos lugares demasiado bem pagos, pelos Povos europeus e oferecidos pelos Eurocircos de Bruxelas e Strasbourg.
À primeira vista, todos (ou quase todos...em bicos de pés) parecem querer reivindicar a vitória.
Os europeus populares, inflacionados por uma moderação confusa e hipócrita, para o qual a perpetuação do status quo com alguns pequenos ajustes, parece constituir a solução ótima e "vencedora".
Os auto denominados "progressistas" e "coloridos" europeus que, numa sucessão de abençoadas derrotas em catadupa (como na França e na Alemanha) e reconfirmações (como a Itália) ainda se veem desta vez confirmados num imerecido segundo lugar, no entanto, ao lado do bloco de conservadores e liberais, bem como, e aí vem a surpresa, com o bloco de "identitários" e "free hitters" europeus não agrupados nas formações tradicionais do Parlamento Europeu, sobre o qual é, neste momento, mais necessário do que nunca, realizar uma reflexão adequada e uma limpeza do estrume a jacto de água.
Agora, e a par dos motivos clássicos que animam o populismo/nacionalismo/patriotismo de hoje na Europa, existe outro motivo inesperado;
A opinião pública europeia, na generalidade, começa a estar contra as malditas políticas belicistas da UE, especialmente no que diz respeito ao conflito russo-ucraniano, e tudo isto implica uma atitude gradualmente orientada para uma profunda desconfiança em relação às orientações geoestratégicas anglo-americanas, se não mesmo uma bem vinda hostilidade descaradamente aberta contra este manhoso eixo.
Os Senhores da UE sonhavam com o “fim da História”, o advento de um paternalismo neoliberal autoritário e ditatorial, através do estabelecimento contínuo de emergências de saúde, mentiras climáticas, criminosa globalização e da imposição da guerra.
Mas erraram nos cálculos, felizmente. A realidade dos factos, animada pela vontade e consciência do povo, começou a girar novamente.
Também não é estranha a elevação tanto política, social, militar e económica, de um grupo de países (China, Rússia, Índia, Brasil e Irão, entre outros), denominados de BRICS.
Cabe a todos nós compreender o espírito dos tempos para aproveitar uma oportunidade que, daqui para a frente dificilmente se repetirá.
É tempo de correr com esta maldita "gente"!
Agora ou nunca!