VERGONHOSO
Típico da nossa gente. Costumamos assumir que somos os maiores e depois de qualquer feito empolgante exigimos ser reconhecidos como insuperáveis. Pronto, não necessitamos de aprender mais nada. Na aproxima oportunidade superaremos seja quem for…………….!
Esquecemos no entanto que para manter seja o que for há que lutar tanto ou mais para não nos tirarem o que conquistámos. Nem que seja apenas a credibilidade e a vergonha.
Sem querer afirmar que o futebol é algo que nos aspira a sermos respeitados como País e Povo (nem admito a mim próprio sequer a veleidade de discretamente aceitar essa tese), tenho de me sentir triste com a figura da selecção nacional dos sub 21.
Foi triste.
Foi mau.
Vergonhoso.
Não há desculpas para, após tanta soberba, publicidade, cantos gloriosos e vedetismo, fazer tanta asneira e ser-se tão mau profissional.
Os jogadores foram maus em tudo. No jogo e na educação.
O seleccionador pagou com a vergonha desta derrota, as considerações que fez a e sobre Scolari. Já hoje deveria ser demitido, expulso por justa causa.
Todos foram vergonhosos e podem ter deitado por terra anos de reconhecimento internacional anteriormente adquiridos.
Este caso projectado para o que na realidade é o País, que é aquilo que me interessa, assenta como uma luva.
O vedetismo e a soberba, o querer proveitos sem lutar para os obter, a maldita teoria de que os direitos nos vão cair nas mãos por obra e graça de alguma santinha ou de programas televisivos, têm sido ao longo dos tempos a nossa desgraça.
E aí estão; o déficit, o atraso económico latente, a falta de cultura, o analfabetismo larvar, a parolice militante, etc, etc.
Tapa-se toda esta tristeza com pseudo grandes obra e ideias; são as promessas do TGV, do novo aeroporto de Lisboa, das grandes refinarias, das espectaculares centrais nucleares,……, e por ai adiante.
Quanto ao pagode, este deve ser excitado injectando-lhe a ideia de que há condições para a nossa selecção principal ganhar o mundial 2006 na Alemanha.
É pena mas se calhar não merecemos melhor sorte porque para a ter também é necessário merecê-la, ou dito por outras palavras fazer por isso. E nós realmente não fazemos nem por isso nem por aquilo.
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