Salam Benazir Bhutto
Pai! Morreu Benazir Bhutto!
Quando a minha filha mo disse pelo telefone, a minha primeira reacção foi de autêntico choque.
Foi como se um projéctil me atravessasse e de repente me faltasse o ar para respirar.
Calei-me sem conseguir sequer expressar um simples ai.
Não era nada que não se estivesse à espera. Sempre tive a sensação que em qualquer momento algo de mau e violento lhe aconteceria.
Via Benazir Bhutto como uma pessoa cuja educação (estudou na Europa e nos EUA) a colocava longe de um país como o Paquistão.
Era uma mulher inteligente e muito bonita, preceitos que nada a favoreciam no meio daquela canalhada.
Algo não encaixava no meio daquela espécie humana que trata assim os seus semelhantes.
Este desaparecimento de Benazir Bhutto é como que se no meio de uma gigantesca estrumeira fosse espezinhada a única rosa que ali existia.
Seguramente que deus não existe.
Tudo "bons rapazes"
Claques de futebol
Nos Super Dragões cabem os polícias e os ladrões
23.12.2007 - 09h46 Ana Cristina Pereira
César só tem 14 anos, mas não hesita um milésimo de segundo: "Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa". Não percebeu? Não haja cá confusões entre a maior claque do FC Porto, que ele integra, e os homens detidos no âmbito da operação Noite Branca, mesmo que a maior parte deles tenha algum tipo de laço com os Super Dragões.
O que o coração de César lhe grita não será uma evidência para qualquer mortal, a avaliar pelo que tem sido dito (ou escrito) por vários comentadores (ou colunistas). Mas é-o para Daniel Seabra - o antropólogo que fez um mestrado sobre os Super Dragões e está a ultimar o doutoramento sobre claques,…..
………, e por aí adiante!!!!!!!!!!!!
Isto reza um artigo do Público de 23 de Dezembro de 2007.
É verdade. É a este jornalismo que nos querem obrigar a ter direito!
Onde estamos??? Para onde vamos???
Com artigos destes, de escondido mas provocante apoio a todo o tipo de energúmenos que proliferam nas claques desportivas e que mais não são do que potenciais criminosos, está-se a pretender desculpabilizar bandos de facínoras das noites, sejam eles do Porto de Lisboa ou de qualquer outro lado.
Até se começar a ter pena destes assassinos, vai um saltinho de notícia maliciosa, maldosa e insidiosa que toda a imprensa em geral e com um afã nunca visto está deliberadamente a criar todos os dias. Nem que para isso se esteja a valorizar um "doutoramento em claques desportivas" de um "eminente" antropólogo cá da nossa praça com toda a certeza bem "licenciado" por mais uma qualquer universidade privada portuguesa de tão eloquentes princípios como aqueles que já estamos infelizmente habituados.
A violência é uma boa opção, aumenta as vendas e dá importância a alguns jornalistas e/ou comentadores, conhecidíssimo figurões, responsáveis pelas tenebrosas centrais de informação deste País.
Por este andar, daqui a pouco os culpados somos todos nós que cá fora não compreendemos que o facto de sermos ofendidos, agredidos e mortos a tiro ou à paulada faz parte da “recuperação social” desta gente selvagem e sem qualquer tipo de sentimentos.
Nestes dias que correm já começa a ser muito difícil lutar contra a mediocridade e a ortodoxia implantada nas nossas mentalidades atrofiadas por aquilo que se vê nas televisões e se lê nos nossos jornais.
Contentemo-nos em festejar o natal para não pensarmos em coisas importantes!
"Os fracos não são amados nem ouvidos, são insultados"
"Os fracos não são amados nem ouvidos, são insultados".
Foi esta a resposta do vice-primeiro-ministro russo Sergei Ivanov defendendo que o seu País, a Rússia, deveria ter um poderio bélico semelhante ao dos Estados Unidos, não excluindo a posse de armas nucleares.
Felizmente que o fiel da balança aos poucos começa a desviar-se para o equilíbrio natural.
Já fazia falta responder à arrogância com a mesma moeda!
IRÃO - Viagem ao País das Rosas
ایران
سفر به سرزمین گالهای سرخ.
آدالبرتو آلوش
Dia 6 de Dezembro de 2007, 19:00 horas, Teatro de Dona Maria II em Lisboa.
Lançamento de um livro do Mestre da poesia nacional DR. ADALBERTO ALVES, amante e conhecedor incomparável da cultura Islâmica e Árabe que tanto influenciou o nosso País, mas que por negligência ou ignorância muitas vezes imposta, mantém-se discretamente relegada, embora sempre presente, na sombra do nosso caminho como Pátria e Povo.
O Livro bilingue (português e farsi), Irão – Viagem ao País das Rosas, resultado de uma viagem que o Mestre Adalberto Alves fez à Pátria de Ibn Sina (Avicena), Ferdowsi, Sa´di, Rumi e outros tantos poetas, é um tributo à amizade e respeito entre povos.
Há uma longa relação de quinhentos anos, uma base linguística comum, a Indo-europeia, uma semelhança cultural e étnica profunda estando ambos os povos no entanto fisicamente tão separados.
Para mim que tenho orgulho em conhecer o Irão e de ter estudado a sua maravilhosa língua (farsi) é um privilégio ter o Mestre Adalberto Alves como amigo.
Quanto eu gostaria de escrever um livro assim!
- A tradução para Farsi foi efectuada pela Dra. Sepidh Radfa.
- As maravilhosas ilustrações foram da responsabilidade da Dra. Isabel Ferreira da Silva.
- A editora, só poderia ser a Ésquilo.
Feel the love and Merry Christmas
O processo tenebroso estava em marcha.
Seguramente continua em marcha porque a sede criminosa não deve obrigatoriamente parar.
Depois do grande embuste que foi o Irak, depois da desgraça em que se transformaram as forças americanas naquilo que foi uma aventura desumana e sem o mínimo de razão para acontecer, depois de se ter destruído um país e um povo inteiro obrigando este a procurar no estrangeiro asilo político (mais de 4.000.000 de iraquianos vivem nos países limítrofes), depois de transformar num autêntico inferno digno de uma imagem de Dante todo o Irak e sentir que a derrota está à porta e que lhes há-de sair bastante cara, eis que na senda do mal procuraram virar as armas para o Irão.
Inventaram tudo para que a acção tivesse lagartas de tanque para andar.
Óh desgraça das desgraças; os serviços de segurança americanos (da sua própria casa) chegaram à conclusão que este país asiático desde 2003 não estaria em condições de desenvolver energia nuclear para fins militares.
Mesmo assim os “Padrinhos do Mal” pressionaram os aliados (alguns e cada vez menos) para que imponham sanções económicas à República Islâmica.
A Europa Comunitária continuará a fazer o papel de parola, pseudo ingénua e cobarde, a assobiar para o lado e a “miar” pelos Direitos Humanos (treta).
Valha-nos ao menos a Rússia de Putin e a China dos crescimentos económicos de 12% ao ano para se imporem frontalmente perante uma administração americana desumana, terrorista e que perigosamente nos tem enviado para o caos.
Neste final de 2007 e nesta época que para os Católicos é de festa, há que aceitar que nem todos gostam desta “democracia” tal como neste momento ela se nos apresenta.
Há que aceitar que em muitos países este tipo de sistema demorar-se-á a impor mais do que aquele que “nós” pela força o queremos impor!
Há que lembrar que nestes tempos de hoje tudo se está a passar como a democracia tivesse mudado de natureza, que a pior das coisas nasce da melhor e que vivemos uma época de pós-democracia como lugar de democracia enganadora.
Há que aceitar que a secular pilhagem por parte do Ocidente às fontes energéticas desses países está no fim!
Eles não são burros! Nós é que temos a mania que somos espertos!
Oxalá me engane
A partir do dia 10 de Dezembro de 2007, com a independência do Kosovo (?), não nos assiste no Ocidente qualquer tipo de moral para não se aceitar o direito à independência das províncias autónomas espanholas, da destruição da Bélgica (valões para um lado e flamengos para o outro), escoceses, galeses, etnias minoritárias na Hungria, Roménia, República Checa, países do Báltico, minorias nas antigas repúblicas soviéticas, etc, etc, etc.
Que não se procure inventar situações diferentes consoante o quadrante político em que nos encontramos e que não atinjamos orgasmos intelectuais da treta para se desculpar "este" porque alinha com os Russos e "aqueles" porque se alinham com as democracias Ocidentais.
As asneiras que cá se fazem, pagá-las-emos mais tarde, não tenhamos dúvida e esta independência do Kosovo, por imposição do tio sam e dos seus mac donalds apalhaçados, vão-nos seguramente causar muita dor e angustia daqui a alguns meses.
Oxalá me engane!
Que não se procure inventar situações diferentes consoante o quadrante político em que nos encontramos e que não atinjamos orgasmos intelectuais da treta para se desculpar "este" porque alinha com os Russos e "aqueles" porque se alinham com as democracias Ocidentais.
As asneiras que cá se fazem, pagá-las-emos mais tarde, não tenhamos dúvida e esta independência do Kosovo, por imposição do tio sam e dos seus mac donalds apalhaçados, vão-nos seguramente causar muita dor e angustia daqui a alguns meses.
Oxalá me engane!
São 740.000
São 740.000 portugueses os pobres mais pobres contabilizados pelas estatísticas nacionais.
São 7,4% da população do País (vêr Público de 11 de Novembro de 2007).
Vivem com menos de €8.0 por dia.
Leu bem; € 8.0 por dia.
Pouco mais do que um bitoque que muitos de nós, à hora de almoço, mastiga nas “manjedouras” no centro das grandes cidades deste País que desde que me conheço tem sido, na pior acepção da palavra padrasto para os seus filhos.
E ainda ficam de fora os séculos anteriores para não nos envergonharmos mais.
E por favor não me venham com a conversa paternalista e moralista da treta, dizer que esta gente não quer trabalhar!
Existe isso sim uma injustiça social gritante em que é cada vez mais evidente a petulância imoral, estúpida e mesquinha de uns quantos que fazem alarde das suas posses (sabe-se lá de que maneira chegaram a essas posses), perante uma classe média atrofiada, sem peso nenhum na política e organização portuguesa e uma classe pobre cada vez mais pobre e numerosa.
Já vivi e conheço o suficiente para com toda a certeza afirmar que somos incapazes de solucionar as questões mais básicas de uma vivência no mínimo digna para todos os nossos compatriotas. Faz parte da nossa cultura gostar de ter "os nossos pobrezinhos, os nosso pedintes".
Por isso devia haver contenção e um pouco de vergonha quando falamos das deficiências sociais noutros países e não olhamos para o nosso umbigo onde o mau cheiro tresanda há muito tempo.
Se houve esperança após o 25 de Abril essa foi morta à nascença, pois nenhum dos partidos que nos governou foi até hoje capaz de eliminar esta chaga social.
Mesmo após a entrada na Comunidade Europeia e com todo o dinheiro que se recebeu fomos incapazes de ultrapassar os limites mínimos de vivência e bem estar social.
Fomos acusados de incompetência em gestão de dinheiros comunitários, chamados de ladrões.
Remetendo-nos vergonhosamente para o fim da lista, inclusive atrás de Países que há bem pouco estavam em pior situação. Simplesmente degradante!
Podemos acusar este povo de falta de cultura, de analfabetismo e de falta de cuidado nos seus gastos e despesas. É verdade mas não é tudo.
Após o 25 de Abril de 1974 as facilidades, a falta de preparação e cultura, entre muitas outras razões, foram responsáveis pela rebaldaria que se gerou na altura e se projectou nas gerações seguintes.
Nós não queríamos que os nossos descendentes passassem o que passámos durante o governo fascista de Salazar e seus esbirros! E errámos muito começando por nivelar por baixo.
E agora ao fim de 34 anos, continuamos como anteriormente a referir-nos a pessoas que vivem no limiar de pobreza, da ajuda de amigos ou familiares.
Tal como nos anos sessenta! Na miséria quase completa!
E isto num país de 10 milhões de habitantes em plena Europa dita "democrática" e tolerante, lado a lado com um País vizinho que nos dá exemplos de desenvolvimento.
Nem assim somos capazes de o imitar, de aprender.
Em Portugal com toda a normalidade e imoralidade desculpam-se dívidas familiares de 12 milhões de Euros, entre outras (muitíssimas) situações de gritante injustiça em que os lucros da banca de centenas de milhão de Euros são um exemplo gritante.
É o mercado a funcionar, dirão os nossos “inteligentes” economistas (simples contabilistas) e alguns comentaristas de imprensa que venderam a alma ao diabo (leia-se patronato) para poderem engordar e lambusarem-se com as sobras que lhes atiram para debaixo da mesa ou para o canto da sala.
Já dei para este peditório o suficiente, mas ainda me comovi quando ouvi e vi no Pavilhão Atlântico a Mariza cantar um poema sobre o meu povo.
Com alguma dor, há algum tempo, dou por mim a afastar-me cada vez mais de Portugal.
Neste momento muitos dos seus filhos e seguramente os melhores, Portugal não os merece. Por isso se vão para sempre.
Está realmente na hora de sair!
Quando é necessária uma revolução a sério, pouco me interessa uma pseudo evolução que seguramente não irá alterar nada do que existe de mal na nossa sociedade.
Não sou daqueles que se contenta por haver uma rosa no entulho.
Normalmente retiro-a com cuidade e vou plantá-la num canteiro limpo!
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