O grande tareão
Quem como os Italianos do projecto Lunna Rossa estava à espera que com orçamentos milionários pudesse ir à final da Taça América com o Suisso Alinghi enganou-se profundamente. O Team New Zeeland demonstrou “sem espinhas” como o dinheiro ajuda mas não é tudo na vida. Nada acontece por acaso e para quem, nestas coisas da nobre arte a navegação, tem cabecinha e mãozinhas como os New Zeelanders, o dinheiro ajuda mas não é tudo. 5-0 foi o resultado final e a derrota implacável dos homens do Hemisfério Sul aos Italianos que em três das cinco provas, repetiram precisamente os mesmos erros tipo copy paste (errar uma vez é admissível, duas é cretinice).
Agora para a final da Taça América os Suíços do Alinghi que se cuidem.
Gostoso Brown Sugar
….e foi assim que os conheci com estas carinhas de betinhos “bondosos”. E foi assim que após uma louca audição numa festa de um clube do Largo de Alcântara em Lisboa, já lá vão quase quarenta anos, fui atingido pelos sons, batidas e melodias certas, rafeirosas (tão a meu gosto) desta banda de um celeste apocalíptico.
Desejei e senti que se na altura continuasse a tocar gostaria de o fazer segundo o Evangelho superiormente definido por Mick Jager, Keith Richards, Brian Jones, Bill Wyman e Charlie Watts.
Os Rolling Stones foram a banda que marcou profundamente a minha juventude e me ensinou a não gostar das coisas fáceis da vida.
A irreverência, a contestação, a provocação por tudo e por nada e até alguma violência tão de meu gosto, aliada a blues de uma doçura e de poemas sublimes sublinham os extremos superiores e inferiores que fazem com que valha a pena viver; sempre na zona vermelha.
Mais nenhuma se lhe comparou nos anos sessenta, como nos setenta ou nos oitenta (muito menos agora).
Satisfaction, Start me up, Angie, Lady Jane, o delicioso Brown Sugar ou o divino hino Sympathy for the Devil (talvez por isso), etc, etc, são o que de melhor se fez no mundo do Rock´n roll. Hoje, o melhor que podem fazer é copiá-los. Obviamente uma cópia será sempre pior que o original.
Estão velhos. Também eu estou. Mas todos passam, menos os Rolling Stones e a história se encarregará de o provar.
Lá estaremos em Alvalade a 25 de Junho.
Marília Gabriela
Há momentos que sem querermos somos profundamente tocados por alguem, que nos altera a atenção passando para segundo plano tudo o que nos rodeia, fazendo-nos perder um tempo que gostaríamos que fosse um tempo ilimitado.
Marília Gabriela está em Portugal. Para além de reunir a beleza física á interior é uma intelectual e uma pessoa inteligentíssima, algo que na maior parte dos casos (para não dizer na totalidade) é inversamente proporcional.
Não existem modelos padrão de pessoa que se coadunem com estes ou aqueles parâmetros com os quais nos regemos. Mas Marília está muito para além do sublime. Está para além dos deuses!
Olhar vigilante..........olhar de esperança
As interferências negativas no Médio Oriente por parte dos Estados Unidos (quero dizer da sua Administração) e seus aliados foi condenada pelo mediador da ONU Álvaro de Soto. É uma avaliação dura, verdadeira e desesperada de um diplomata que viveu dois anos naquelas paragens.
As evidências dão-nos valentes bofetadas. Só não vê quem não quer, só não sente quem anda anestesiado, só pensa o contrário quem vegeta neste planeta.
No local as realidades são completamente diferentes, as populações continuam a combater os sionistas com tudo o que lhes pode servir para defenderem a sua honra como povo enxovalhado há sessenta anos, assim como a ajustar contas com os novos colaboracionistas da Fatah joguetes dos interesses Ocidentais e Israelitas.
Aos colaboracionistas (com o Ocidente claro está) de Abbas e suas Forças de Segurança saiu-lhes o tiro pela culatra depois de todas as tentativas de desestabilização que têm engendrado. Encurralados pelas forças patriotas do Hamas, representantes legítimos do povo Palestino (não esquecer que venceram as ultimas eleições contra toda as tropelias ensaiadas pelo Ocidente e pelos sionistas), chegaram ao cúmulo de tentar contactar o chefe do Hamas Khaled Mechaal no exílio para que este intercedesse de modo a se obter um cessar-fogo urgente.
Aos poucos a evidência de que o tempo passa e que nada se consegue pelas armas contra um povo inteiro é gritante e aos poucos começamos a interiorizar se a razão assiste apenas como legítimo direito às ditas civilizações Ocidentais judaico Cristãs enquanto “lá por fora” tudo é paisagem e terceiro mundismo.
Muito embora a globalização, invenção do capitalismo selvagem e desumano, represente a desgraça e a miséria de grandes franjas da humanidade, poderá vir a ter como único mérito o de originar o nascimento de novas potências na Ásia, na América do Sul ou até em África que se imporão a toda a vergonhosa exploração que têm sido sujeitos ao longo dos tempos por parte da arrogância Ocidental.
O olhar de uma criança palestiniana com lenço do Hamas enrolado na cabeça poderá representar um constante estado de alerta face a um inimigo desumano e assassino, mas representa igualmente a esperança em dias mais felizes e que esta jamais morrerá, nem que para isso se recorra a todos os meios inclusive a violência para se defender a justiça das nossas causas.
Sopranos, versão bimba
KING OF THE ROAD
Hei-lo, Lewis Hamilton de seu nome! O primeiro descendente de raça negra que vence numa modalidade desportiva destinada a alguns eleitos (ou alguns endinheirados).
Mais uns tabus virados ao contrário.
Contra a vontade de muitos, este é mais um valente murro naqueles que desejariam tornar selectivo aos “alvos de neve e sangue azul” um desporto de centenas de milhão (Euros ou Dollars).
Nada acontece por acaso e esta vitória deste britânico de origem africana serve só para demonstrar que com muito inteligência e muito trabalho se consegue tambem muito sucesso. Quem viu e ouviu a entrevista de Lewis Hamilton nos canais ingleses compreendeu facilmente que não foi fácil chegar-se a este ponto e poder afirmar categoricamente que o título está ao seu alcance.
Infelizmente e segundo se diz, os nossos corredores de fórmula 1 não tiveram a mesma sorte.
Sorte ou mãozinhas, pergunto eu?? No meu ponto de vista a segunda hipótese é a real.
Vá lá não me venham com a desculpa que os carros eram fracos. Se eles fossem assim tão bons iriam directamente para a Ferrari ou Mac Laren. Temos desculpa, somos portuguesinhos!
KAMAL, doce KAMAL
Estava a necessitar de sair. Estava a necessitar de sair das rotineiras e sempre complicadas e concorridas saídas no Tejo até Cascais aos Sábados ou aos Domingos. Na vela, tal como nos passeios de carro, também temos a nossa voltinha dos tristes ou, utilizando termo underground que eu tanto gosto, a volta dos parolos ou do nosso conhecido portuguesinho (como eu abomino estes diminutivos da língua Pátria).
Tem um delicioso nome Árabe. Também só podia ser assim. Chama~se Kamal II. É um majestoso veleiro First de 38´ (para os que não conhecem as medidas de Her Majesty the Queen equivale a mais ou menos 10 metros de comprimento) e tem-nos proporcinado viagens de sonho.
No dia 6 de Junho às 7:30 PM, saída do cais do Espanhol e ala que se faz tarde; rumo Peniche.
Durante uma noite inteira sem pregar olho, deliciámo-nos a tentar acertar, através das luzes costeiras, quais os sítios por onde passávamos; Praia das Maçãs, Azenhas do Mar, Ericeira, Santa Cruz e já de madrugada Peniche.
Depois de um dia inteiro a deambular por aquelas zonas, na manhã seguinte levantámos ferro, içamos as velas e rumámos às Berlengas mais os seus Farilhões (giro este nome). Lindo de extasiar! Não se pode descrever a beleza dos ilhéus e de toda a sua envolvente sem que se fique muito aquém da realidade. Só visitando!
Saída para a Nazaré. Lá deixámos as Berlengas rumo à costa onde chegámos já noite. Recepção aos veleiros e jantar no Clube Naval, passeio nocturno pela avenida marginal.
Sábado, 7:00 AM saída para Lisboa. Chegada ao cais do Espanhol só às 11:30 PM. Acreditem que após a passagem pelo Cabo Carvoeiro (Peniche) estivemos durante 10 horas, repito 10 horas com a imagem do Cabo da Roca à nossa frente. Bordos para passar em condições este Cabo foram quatro e uma distância de 50 milhas transformou-se em 90 milhas marítimas.
Estes ventos Sudoeste são levados da breca. Mas quem corre por gosto não cansa e só hoje é que vim a saber que o 1º Ministro foi apupado por alguns anormais e que o nosso PR (e muito bem pois já não é sem tempo) já está a perder a paciência com o avanço constante do nosso atraso.
QUERO JÁ VOLTAR PARA O MAR!
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