25 de Abril sempre!

Sessão solene comemorativa dos 36 anos do 25 de Abril
Cavaco Silva: mar e indústrias criativas são novas oportunidades do país

25.04.2010 - PÚBLICO



25 de Abril
Cavaco Silva: "Deparamo-nos quase todos os dias com casos de riqueza imerecida"
por Mariana de Araújo Barbosa, Publicado em 25 de Abril de 2010 | Actualizado há 3 horas
Ionline de 25 de Abril de 2010


25 de Abril: Cavaco alerta para desigualdade social
"A sociedade portuguesa é hoje mais justa do que aquela que existia há 36 anos. No entanto, persistem desigualdades sociais e, sobretudo, situações de pobreza de exclusão", afirmou o Presidente.
Lusa
Expresso online de 25 de Abril de 2010


Tudo na vida tem o seu tempo.
Recordar ao fim de 36 anos o 25 de Abril de 1974, poderá ser neste momento e passados 36 anos, simplesmente um acto de nostálgica sensação histórica, de uma relevância temporal como qualquer outro evento; a proclamação da República, o 1º de Maio ou outra data à qual só alguns Portugueses enaltecem.

A grande maioria evidenciará mais a "conquista" de um lugar nas super povoadas praias da Costa da Caparica, da degradada Linha de Cascais ou ver a vida a esfumar-se num amaldiçoado Shopping da nossa lusitana ignorância.



Cada vez mais dói recordar esta data.
E isso porque vivi intensamente esse dia.

Na Fábrica dos arredores de Lisboa onde na altura trabalhava, nas ruas e praças desta cidade que eu amo, nas reuniões instantâneas de trabalhadores, estudantes e intelectuais que pelo entardecer eram feitas em qualquer parte, da felicidade e da atmosfera de Liberdade que se sentiu, cheirou, bebeu até à alienação, guardo a melhor recordação dos meus tempos de jovem.

Jamais esquecerei esse dia.

O estar desiludido ao fim de trinta e seis anos não será novidade nenhuma.
Não foi para se chagar ao ponto em que nos encontramos que se terá feito o 25 de Abril de 1974 de onde todos os seus protagonistas foram cobarde e traiçoeiramente afastados.

Ingenuamente acreditou-se nas boas vontades de alguns maganos que regressaram de exílio dourado (alguns).
Passados poucos meses e ao virar da esquina, já nos estavam a atraiçoar pelas costas.

Hoje não somos nada daquilo que sonhava-mos ser.
Somos sombras alienadas num País perdido e traído, em queda rápida para a auto destruição, onde todos nos impõem um tipo de auto denominada "democracia" que mais não é do que um feudo de amaldiçoados partidos, ávidos de votos, cegos de ideias, corruptos, adoradores do dinheiro fácil e bajuladores de favores das corporações profissionais fascistas que envenenam diariamente a nossa economia.

Já tenho a minha idade e nada nem ninguém me calará ou indicará aquilo que pretendo fazer, o caminho que desejo seguir ou o que à livre voz quero dizer; mas que a verdadeira Revolução ficou na altura por fazer, disso ninguém tenha dúvidas.

Se na altura, por razões de respeito e tolerância, não se enveredou por actos de violência revolucionária e radical, hoje com base na degradação económica e moral que rodeia este País, vemos com angústia o engodo em que caímos por não se ter levado por diante muito daquilo que se devia ter feito; a verdadeira Revolução.

Resta-nos a recordação desses tempos lindos e gloriosos.
Quem não os viveu, jamais os pode compreender.
Aliás nem tem capacidade mental e intelectual para isso.

Viva o 25 de Abril.

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