O PAI DE TODOS OS MALES



A Democracia, como nós a vemos no Ocidente, não é nem será a solução dos problemas de muitas Nações no Mundo.

Temos de aceitar que exista quem não goste do nosso sistema político, que não o aceite, seja ele pintado às listas vermelhas paralelas com estrelinhas ou em fundo azul suave.

E devemos aceitá-lo porque na realidade com a nossa ânsia, gula por nos apropriarmos de riquezas alheias, do nosso apoio “desinteressado” e ganância de pretendermos afirmar-nos como arautos de uma “Liberdade” discutível e de algum modo já duvidosa, muita tristeza, miséria, desespero, incompreensão e ódio espalhámos, destruindo inclusive sociedades prósperas e de longe mais estáveis do que agora o são.

O resultado aqui está: um Irak destruído, um Afeganistão em ferida constante, o lindo e delicioso Líbano exangue e conspurcado por uma agressão pirata, uma Palestina eterna e desgraçadamente sacrificada aos desejos sanguinários de uma máfia sionista, tenebrosa e terrorista que mata, estropia e destrói sob o olhar complacente, colaborador e cúmplice deste Ocidente onde hipocritamente se gritam diariamente loas aos direitos humanos.

2900 Americanos mortos no Irak. Centenas de milhar de cidadãos Iraquianos chacinados. Uma economia de rastos, um cenário de apocalipse, de longe pior do que no tempo de Saddam Hussein.

Um Libano à beira de uma guerra civil, um Afeganistão em estado diário de implosão e uma Palestina nas garras de facínoras.
Para quê?
E porque?

Como foi possível só agora e após um relatório de James Baker, aceitar esta realidade visível mesmo antes da entrada do primeiro tanque americano em Bagdad?

Como foi possível toda a humanidade deixar o louco Bush e a sua Administração provocar tal crime?

Deixarei de acreditar e de sentir respeito por esta humanidade se ela não obrigar este Pai de Todos os Males mais o seu séquito de terror, comparecer num Tribunal Internacional seja ele em Haia, Moscovo, New York, Bissau, Tehran ou em Lisboa para que sejam exemplarmente castigados.

Não podemos brincar aos anjinhos e dizer que acreditamos em Deus quando na realidade somos filhos do Diabo.

Se assim for, então não merecemos o Céu acima das nossas cabeças.




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