Vai fechar a fábrica de automóveis da Azambuja!

Lembro-me bem desta fábrica, quando iniciou a produção do Opel Kadet e se bem recordo do Opel Kapitan. Estamos a falar no final da década de 60, concretamente 1967 a 1969.

Era um miúdo. Recordo-me perfeitamente e com a satisfação do momento de ver na traseira desses carros um pequeno dístico com os dizeres de Montagem Portuguesa.
Vinham lindíssimos, em camiões para o cais de Alcântara para serem enviados, muitos deles por via marítima, para a Alemanha e outros países europeus.

Tempo de indústria muito diversificada e que eu me fui apercebendo ao longo dos anos de estudo neste País. Os denominados “serviços” eram restringidos à sua verdadeira dimensão ou seja; ao serviço das forças produtivas (um dia destes tecerei algumas das minhas ideias sobre “aquilo” que hoje em dia se chamam serviços).

Azambuja vai fechar!
Como resultado de vários conceitos actuais globalizantes e tão do agrado dos economistas do nosso tempo (e que eu considero apenas como contabilistas), a Azambuja vai fechar!
São “só” mais seis mil pessoas que estão em causa.

O Governo afirma que fará o possível para manter a fábrica em laboração.
Obviamente que é tudo falso. Já sabemos o resultado final. Igualzinho a tantos outros casos que têm vindo a empobrecer este País.

Hajam futebol, feriados, férias de verão, telenovelas e santinhos populares para alegrar o pagode que o resto não é problema. Vive-se o momento (e mal) porque quem vier atrás que feche a porta, que se desenrasque.

É assim Portugal século XXI!
Até quando???

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