Luanda, minha doce Luanda

Lamento e entristece-me o desastre que aconteceu em Luanda; as mortes e os feridos resultantes da queda de um edifício onde funcionava a Direcção Nacional de Investigação Criminal.
Lamento profundamente.
Conheço bem Luanda. Ali trabalhei e sinto um enorme carinho por aquela cidade, pela sua beleza natural e pelas suas gentes.
De toda a África Lusófona por onde passei (Angola, Guiné Bissau, Cabo Verde e Moçambique), é Angola e particularmente Luanda que tem um lugar de excepção no meu coração.
São muito poucos os que têm esse direito.
Sei que a queda de um edifício acontece em qualquer cidade do mundo, Europa, América ou Ásia.
Os factores são diversos mas quase todos ligados a negligências e corrupções de ordem diversa.
Luanda cresce desmesuradamente, com pouco controlo, planeamento, falta de alguma orientação.
Isso tem o seu preço; o aumento da corrupção.

Só desejo que este desastre leve as autoridades de Angola a reverem bastantes situações menos transparentes.
Angola, em minha opinião merece o melhor por tudo o que já sofreu ao longo de quarenta anos (guerra colonial e guerra civil).
Não deseja por certo chorar mais desgraças.
Chega de sofrimentos.

As Casas Altas do Lordelo



Era o ano de 1974 quando as visitei pela primeira vez onde conheci aquela que hoje é a minha mulher.
Ali tenho vivido as alegrias e tristezas naturais de uma família que, a partir da altura em que me casei, a tomei como minha para o que desse e viesse.



Casas dos "Brasileiros", assim se chamava, pelo facto dos bisavós e avós da minha mulher terem vindo do Brasil nas décadas de 10/20 e construirem duas casas iguais, uma ao lado da outra.
Hoje são o ex-libris da vila do Lordelo situada entre Paços de Ferreira e Paredes.



Encanta-me o isolamento dos seus muros que me separa do meio de uma terra feia, desorganizada, cinzenta e triste, onde a degradação provocada por uma construção civil de pavoroso e criminoso mau gosto a tem destruido ano após ano.



Quando posso e tenho tempo, saio de Lisboa e delicio-me num dos quartos de uma das duas casas, no alto de uma das torres, a observar aquele pequeno universo, a arquitectura dos anos 10/20, os seus azulejos, o jardim que as mãos das tias octogenárias tão carinhosamente ainda cuidam, a sua longa escadaria de pedra, as colunas e capiteis, o tanque onde ainda corre, proveniente de uma velha mina, a água que alimenta toda a pequena quinta, as flores, as vinhas, toda aquela atmosfera queirosiana que me encanta.



Tento alhear-me do crime cometido (sempre perdoado) por poderes autárquicos corruptos e duvidosos que ao longo das ultimas décadas, mesmo nas margens do rio Ferreira, impuseram e edificaram autênticos pardeeiros habitacionais dignos de uma verdadeira condição terceiro mundista que este País abraçou que tanto gosta e preza.



Quedo-me pelos doces lugares que um dia vão desaparecer, para daqui a muitos anos alguem (tal como hoje com fins unicamente mercantilistas, claro está) faça un livro intitulado "Nas margens do Rio Ferreira - Início do século XXI".
Mas nessa altura quem cá estiver que se............... contente com o que resta!!!

Hubble finds first organic molecule on extrasolar planet

19 March 2008

"The NASA/ESA Hubble Space Telescope has made the first detection ever of an organic molecule in the atmosphere of a planet orbiting another star. This breakthrough is an important step in eventually identifying signs of life on a planet outside our Solar System".

Informação retirado, com o devido respeito dos highlights da ESA

Após tomar conhecimento da morte de Arthur Charles Clarck, escritor do livro 2001 Odisseia no Espaço, imortalizado no filme genial de Stanley Kubrick e com base nesta novidade agora avançada pela ESA e NASA, parece que tudo o que se relaciona com a conquista do espaço, segue uma previsão com base científica quase perfeita demonstrada e apresentada por aquele escritor, acérrimo defensor da investigação científica e das ciências matemáticas.
Não faltará muito para se provar que a inteligência do homem tudo descobre, tudo inventa; até a ideia de Deus!
O problema é que muitas vezes não os deixam pensar, querem-nos distraídos!

"Anjos" e "Demónios"

Realmente há que concluir que o trabalho previamente planeado está a ser muito bem feito.
Corre tudo sobre rodas!

Sub-repticiamente e a exemplo de anteriores acções, a denominada Civilização Ocidental e as suas democracias parlamentares prepararam, desde a escolha de Beijing para os Jogos Olímpicos até hoje, todo um cenário de chantagem no Tibete tendo em vista o boicote aos Jogos Olímpicos na China.

A China como futuro entrave à "dolce vita" ocidental!

No Kosovo, na Venezuela, na Rússia, no Irak, no Afganistão, no Irão, em Cuba, na Sérvia, na Palestina ou agora na China, só quem não conhece por dentro e não tem acompanhado os meandros da pulhice e traição ocidental, envolvida em enganadora massa folhada doce, é que continua convencido que uns são "Anjos" e os outros são todos "Demónios".

"Quem não está connosco é contra nós, portanto sofrerá as consequências". Frase lapidar dos "Anjos".

Tem sido por causa destas traições que sempre adorei ver os "Anjos" cair no inferno. Têm sempre a "sua" verdade escondida e agem pelas costas.
Não há defesa possível!
Quanto aos "demónios" já os conheço; nunca me enganaram pois vejo-os sempre de frente!

سال نو مبارک



سلام زیبا خورشید
می خواهم با تو حرف بزنم
می خواهم با تو سال جدید را جشن بگیرم
می خواهم با تو در شر تهران قدم زدم
به امید دیدار


A paz seja contigo, Lindo Sol.
Quero contigo falar
Quero contigo o Novo Ano (Persa) festejar *.
Quero contigo passear na cidade de Tehran.
Até breve!

(tradução do Farsi)

*Para quem não sabe o Ano Persa (Norouz) tem início no 1º dia de Primavera

Caramel - کرامل



Do País do cedro, do Líbano, vem-nos este filme de uma doçura e de um sensualismo sublime que só as mulheres do Médio Oriente possuem.
Nadine Labaki a realizadora e atriz de Caramel demonstra com os poucos recursos seguramente obtidos que se pode fazer um trabalho com uma qualidade invulgar e muito superior às injectáveis drogas cinematográficas que nos impingem nas muitas salas das cidades deste Portugal onde o colonialismo à cinematografia anglo saxónica é lei para consumo selvagem!
Não fala da guerra, o que num País como o Líbano é quase um contrasenso.
Fala da vida, da vida de cinco mulheres cumplices nos seus actos de luta e sobrevivencia numa sociedade tão difícil para o sexo feminino como é a sociedade árabe em geral e islâmica em particular.
A não perder. Só se pode gostar! E porque estas mulheres são mesmo bonitas! Sem artifício podem crer!

Persépolis



Persépolis.
Bonito. Muito bonito. Lindo de ver!!!
Aconselho todos aqueles que querem ter uma minuscula mas clara ideia do que foi o percurso histórico do Irão desde a queda do Xá, ao advento da Revolução Islâmica, à guerra com o Irak, até ao fim da década de 90 e início do século XXI, a verem este filme (banda desenhada) da Iraniana radicada em França Marjane Satrapi.
Não terá a qualidade técnica de uma estúpida película como Bee Movie (A história de uma abelha) ou a atávica anormalidade das pavorosas películas Shrek, mas dá para pensar e acima de tudo, numa época em que se pensa pouco, .........aprender qualquer coisa!!
Onde é que podem ver???
Alvaláxia, claro está!!

Não, não foi o DAESH. Sabemos bem quem foi!!

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