A vingança da derrota do Ocidente na Síria


VINGANÇA DA DERROTA: WASHINGTON E BRUXELAS CONDENAM POVO SÍRIO À FOME
Por Edward Barnes

Incapazes de vencer a guerra de agressão lançada há já nove anos contra a Síria, os Estados Unidos e a União Europeia têm vindo a confirmar, durante as últimas semanas, a sua mudança de estratégia para tentar colocar em Damasco os seus servidores: impor a fome ao povo sírio em cima da pandemia de COVID-19 e provocar uma explosão social interna.
Um bloqueio total da Síria devastada pela guerra é o efeito pretendido pela administração Trump com as novas sanções impostas esta semana. O objectivo é impedir que a nação árabe consiga desenvolver o processo de reconstrução e de normalização da sua vida depois de ter vencido a guerra que lhe é imposta há dez anos. Ou, como diz a embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, “impedir o governo sírio de garantir a vitória militar”.

Uma guerra que lhe é movida no exterior e não uma rebelião interna, versão falsa dos acontecimentos que continua a ser a doutrina oficial disseminada pela comunicação social corporativa. Os agentes directos desta guerra são grupos terroristas injectados do exterior, especialmente da Turquia, com patrocínio da NATO e sob vários rótulos que convergem sob duas designações essenciais do terrorismo internacional: al-Qaida e Isis ou Estádio Islâmico. Ao longo dos últimos nove anos têm sido muitas as ocasiões em que foram demonstradas cumplicidades directas entre países da NATO, como os Estados Unidos, o Reino Unido, a França e a Turquia e seus aliados regionais e os citados grupos de mercenários que se cobrem sob a máscara do “islamismo”.
A União Europeia, como entidade, é igualmente responsável pelas acções pela mudança de regime em Damasco, através do envolvimento militar de alguns dos seus membros e também pela imposição de sanções, renovadas e reforçadas no mês passado.

- Associar os efeitos da fome e da pandemia
Washington e Bruxelas tentam através das sanções submeter o povo sírio à fome, de modo a tornar as condições sociais no país tão insuportáveis que suscitem um levantamento interno total. A estratégia tem sido aplicada igualmente noutros países, como a Venezuela e o Irão. Acresce que o reforço de sanções coincide com a pandemia de COVID-19, sendo evidente a intenção partilhada pelos Estados Unidos e a União Europeia de vencerem a resistência síria e penalizarem o povo pela conjugação dos efeitos das duas tragédias.
Logo que se deu o agravamento das sanções norte-americanas e europeias, ilegais à luz do direito internacional e que poderiam cair no âmbito do Tribunal Penal Internacional (TPI) – se este realmente funcionasse de maneira independente

Grupos terroristas da al-Qaida no norte do país e tropas de ocupação dos Estados Unidos no sul começaram a incendiar campos agrícolas de maneira coordenada. A Síria apresentou queixa no Conselho de Segurança das Nações Unidas mas a ONU, como um todo, tem dado perante a agressão à Síria mais uma imagem do seu desprestígio e do alinhamento pela guerra.
Em poucos dias desapareceram dos mercados sírios os produtos alimentares importados e os preços dos que são produzidos localmente, sob a pressão dos atentados nos campos, subiram em flecha. A libra síria afundou-se nos mercados cambiais e é negociada no mercado negro por um quarto do seu valor oficial.
Coincidindo com este cenário, a Turquia pôs a sua moeda nacional em circulação nos territórios ainda ocupados por grupos terroristas no norte e noroeste do país, designadamente na província de Idleb – uma situação que acaba por tornar-se idêntica à que vigora há quase 50 anos no Norte de Chipre. Além de revelar mais um passo nas ambições “neo-otomanas” do ditador fundamentalista turco Erdogan, nada deixa entender que a medida venha a ser contestada pelos Estados Unidos e a União Europeia, confirmando-se assim a sua intenção de desagregar o território da Síria.

- Uma “nova face do terrorismo”
De acordo com o quadro de sanções posto em prática mais recentemente, qualquer pessoa ou entidade que faça comércio com a Síria será duramente condenada pelos Estados Unidos e a União Europeia – que continua a seguir a essência das medidas tomadas por um energúmeno como Trump.
As acções para condenação dos sírios à fome começaram a ter repercussões internas. Desde 9 de Junho têm ocorrido manifestações populares reclamando alimentos. Contudo, a Síria nunca tivera problemas alimentares durante a guerra, excepto nas regiões que estiveram ocupadas pelos terroristas, onde estes apreendiam os produtos alimentares às populações reféns.
A Presidência da República preparou um plano de auto suficiência alimentar, mas que não produzirá efeitos imediatos. A Rússia e eventualmente outros países, como a China, poderão suprir as maiores necessidades a curto prazo, mas a população síria debate-se com a ameaça da fome a médio prazo.
As sanções reforçadas esta semana foram impostas no quadro de uma lei interna dos Estados Unidos – de responsabilidade tanto de democratas como de republicanos – designada, cruel e cinicamente, “Lei de Protecção Civil da Síria” ou “lei César”.
Kelly Craft, a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, foi clara ao afirmar perante o Conselho de Segurança que as medidas se guiam pela necessidade de impedir o governo sírio de “garantir a vitória militar”. O embaixador sírio na ONU, Bachar Jaafari, declarou que as medidas “mostram uma nova face do terrorismo”.
Tudo indica que os ataques norte-americanos e europeus não fiquem por aqui: “antecipamos muito mais sanções”, declarou o secretário de Estado norte-americano, Michael Pompeo. A finalidade, acrescentou, é fazer com que Damasco “concorde com uma solução política para o conflito”.

A única “solução política” considerada viável pelos Estados Unidos e aliados é a renúncia do actual governo e a sua substituição por agentes dos países e interesses que têm estado por detrás de nove anos de guerra e destruição de um país soberano.
Vários países, designadamente Rússia, China, Irão, Cuba e Venezuela, condenaram as sanções a afirmaram que não se considerarão submetidos às medidas pretensamente transnacionais impostas de maneira totalitária, e contra o direito internacional, por Estados Unidos e União Europeia.

Além destas duas entidades, a que deve acrescentar-se a NATO, há ainda os seguintes países envolvidos individualmente na estratégia de destruição e desagregação territorial da Síria: Reino Unido, França, Alemanha, Turquia, Israel, Arábia Saudita, Qatar, Emirados Árabes Unidos e Jordânia.
A guerra internacional imposta contra a Síria provocou já 400 mil mortos além de milhões de pessoas com as vidas arruinadas, tornando-se refugiados e desalojados internos e externos.

Publicado em O Lado Oculto

A triste realidade Lusa de hoje


Estamos fritos ou feitos, como quiserem dizer!! Talvez muitos de nós, só agora cheguem à conclusão da nossa triste...

Publicado por Guilherme Morgado em Segunda-feira, 6 de julho de 2020

Belo exemplo Inter racial

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Para as "bondosas" consciências que contestaram (e vandalizaram património de pessoas) aqui vai um pequeno, mas significativo exemplo das BOAS PRÁTICAS de alguns dos nossos produtos suburbanos das nossas principais cidades deste rectângulo à beira mal plantado.
Espero que os exemplares do globalismo selvagem, suportados pelo BE e a sua metástese SOS Racismo tenham algo a dizer sobre belo exemplo de relação inter racial.

Daniel, não faças de nós totós!

Quer que matem os velhinhos? Sim ou não?
“Não podemos permitir que alguns deputados queiram decidir por nós”, disse o arcebispo de Braga. 45 anos de democracia representativa e a Igreja ainda não percebeu como ela funciona: é mesmo para isso que elegemos deputados — e não o arcebispo. Não encontro tema mais complexo para referendar do que este. É extraordinariamente técnico e o mais relevante está nos pormenores. E o debate no referendo será o que vimos num cartaz: “Por favor, não matem os velhinhos.”

Expresso 13/02/20


Daniel, não faças de nós totós.
Vocês bloquistas caviar e traidores da verdadeira Esquerda dos Trabalhadores, querem que o PS vos pague o facto do Orçamento de Estado ter sido aprovado com a vossa cobarde abstenção.

Engana quem quiseres, no Expresso, na SIC, ou no Canal Q, mas hoje só consegues enganar os totós que infelizmente neste país cada vez mais atrasado, é facílimo de o fazer.

Mesmo que a questão da eutanásia necessite de uma discussão profunda e eu até possa concordar com ela, odeio de longe mais a tua nojenta hipocrisia do que, mesmo não sendo crente, a opinião do Arcebispo de Braga e da Igreja.
Vocês são simplesmente uns canalhas em toda a acepção da palavra.

Europa, para que te quero??

Que tipo de Europa será esta que vivemos?   Com o “motor” franco-alemão avariado, o regresso iminente de Donald Trump à Casa Branca, as guer...

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