Sem eira nem beira
É mau.
É muito, muito mau quando a contestação passa aos níveis a que se assiste.
Os artistas são medíocres (Xutos e Pontapés), o poema é uma treta mas directo, de acordo com nível intelectual que hoje nos rodeia neste País igualmente da treta.
Mas a realidade em que nos encontramos e o mau estar geral popular perante injustiças gritantes, mentiras oficiais descaradas, desaforos inadmissíveis e ganâncias execráveis que organismos governamentais e algum poder civil nos quer impor, começa a tornar-se intolerável.
Oxalá me engane, mas com todas as crises sociais que se adivinham, pode muito bem acontecer que em breve, estejam criadas as situações para que a rua (sempre a rua) se torne o centro das grandes soluções históricas deste País e que "esta merda" realmente se modifique.
Sem eira nem beira
Anda tudo do avesso
Nesta rua que atravesso
Dão milhões a quem os tem
Aos outros um passou bem
.
Não consigo perceber
Quem é que nos quer tramar
Enganar
Despedir
E ainda se ficam a rir
.
Eu quero acreditar
Que esta merda vai mudar
E espero vir a ter
Uma vida bem melhor
.
Mas se eu nada fizer
Isto nunca vai mudar
Conseguir
Encontrar
Mais força para lutar...
.
(Refrão)Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a comer
.
É difícil ser honesto
É difícil de engolir
Quem não tem nada vai preso
Quem tem muito fica a rir
.
Ainda espero ver alguém
Assumir que já andou
A roubar
A enganaro povo que acreditou
Conseguir encontrar mais força para lutar
Mais força para lutar
Conseguir encontrar mais força para lutar
Mais força para lutar...
.
(Refrão)Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a foder
.
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Mas eu sou um homem honesto
Só errei na profissão
"Meninos com carências"!?
Crianças com fome chegam ao Amadora-Sintra
Há um ano e meio que meninos com carências chegam ao Hospital Amadora-Sintra.
A crise é a responsável pela situação.
Preocupação com a imagem
São mães com "a escolaridade obrigatória ou nem isso" que se preocupam mais com "a imagem do que com os cuidados básicos".
"Andar com uns ténis rotos ou umas calças usadas estigmatiza-os como pessoas carenciadas", elucidou Madalena Barros, acrescentando que muitos destes casos são de crianças entre os quatro e os seis anos.
Expresso on line de 13 de Abril de 2009
Coisas importantes e fundamentais "Estas famílias valorizam muito o aspecto, mas deixam cair as coisas importantes e fundamentais, como a alimentação, a saúde e a educação, o que compromete o bem-estar das crianças".
E é isto que na realidade tem acontecido e ainda acontece no nosso País. Os principais culpados do estado a que chegou a educação e o modo como as nossas crianças vivem é da inteiramente responsabilidade dos Pais (e a seguir de quem os ensina na escola).
Indiferentes a essa realidade, continuamos no entanto a tentar encontrar em alguma parte ou em algo "culpados" e "fantasmas" para os nossos desvarios dos ultimos dez ou quinze anos porque é muito duro saber-se que andámos a viver todos "à vara larga" e sem responsabilidades pelos nossos actos.
Agora, sem pudor ou melindre, vamos transferir para os nossos descendentes algo que só nos devia envergonhar!
Mas haverá sensibilidade e educação suficiente para ao menos reconhecermos isso??
Pelo andar da carruagem ainda não!
Há um ano e meio que meninos com carências chegam ao Hospital Amadora-Sintra.
A crise é a responsável pela situação.
Preocupação com a imagem
São mães com "a escolaridade obrigatória ou nem isso" que se preocupam mais com "a imagem do que com os cuidados básicos".
"Andar com uns ténis rotos ou umas calças usadas estigmatiza-os como pessoas carenciadas", elucidou Madalena Barros, acrescentando que muitos destes casos são de crianças entre os quatro e os seis anos.
Expresso on line de 13 de Abril de 2009
Coisas importantes e fundamentais "Estas famílias valorizam muito o aspecto, mas deixam cair as coisas importantes e fundamentais, como a alimentação, a saúde e a educação, o que compromete o bem-estar das crianças".
E é isto que na realidade tem acontecido e ainda acontece no nosso País. Os principais culpados do estado a que chegou a educação e o modo como as nossas crianças vivem é da inteiramente responsabilidade dos Pais (e a seguir de quem os ensina na escola).
Indiferentes a essa realidade, continuamos no entanto a tentar encontrar em alguma parte ou em algo "culpados" e "fantasmas" para os nossos desvarios dos ultimos dez ou quinze anos porque é muito duro saber-se que andámos a viver todos "à vara larga" e sem responsabilidades pelos nossos actos.
Agora, sem pudor ou melindre, vamos transferir para os nossos descendentes algo que só nos devia envergonhar!
Mas haverá sensibilidade e educação suficiente para ao menos reconhecermos isso??
Pelo andar da carruagem ainda não!
Palavras para quê? É o FêCêPê!!!
Embora não seja o clube do meu coração, como se costuma dizer, algo me faz sentir uma admiração e respeito especial pelo Futebol Clube do Porto.
Não só pelo facto da alegria que incute aos portugueses no que concerne ás boas prestações vitoriosas em palcos internacionais (os nacionais servem para ensaios).
Ganhou tudo o que havia para ganhar, com garbo, orgulho e uma superioridade sem paralelo e esmagadora.
Isto sem os apoios das lusitaníssimas e bíblicas imprensas desportivas “impolutas e imparciais” do nosso burgo.
Mas o que mais me surpreende, ou talvez não, é a sua capacidade organizativa, algo um tanto estranho ao modus vivendis tuga, habituado que está a vegetar no meio da confusão, da aldrabice, dos esquemas, das brejeirices e dos coiratos grelhados e sebosos.
Realmente, nos momentos mais críticos, o FCP tem, como uma Félix Renascida, a capacidade de se elevar acima de qualquer tormenta.
Quer se queira quer não, isso deve-se a um homem; Nuno Pinto da Costa.
Mesmo que não seja um “tipo simpático”, há que reconhecer-lhe um valor organizativo e empreendedor por cá muito pouco vulgar.
Mais ainda; prova à evidência que “democracia” não pode, é contrária e não deve existir a nível empresarial.
Tudo menos isso, se quisermos ter sucesso!
E aí está a prova.
Enfim. Quanto ao meu Sporting, cá nos vamos contentando com a nossa usual posição de Vices.
Os restantes figurões já não contam!!
Dívidas nacionais
Portugal está no 'top 20' dos países mais endividados do mundo
Diário Económico de 11/04/09
Portugal surge na 19ª posição, sendo que o Governo estima que o país devia em 2008 o equivalente a 65,9% da riqueza total produzida durante um ano, embora a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) aponte para um valor superior, de 70,2%.
Bom. Mais dívida menos dívida para os nossos vindouros acabarem com o resto do País e fecharem a porta nas costas!
Assim acaba-se com o que já sofre de deformação congénita!
Diário Económico de 11/04/09
Portugal surge na 19ª posição, sendo que o Governo estima que o país devia em 2008 o equivalente a 65,9% da riqueza total produzida durante um ano, embora a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) aponte para um valor superior, de 70,2%.
Bom. Mais dívida menos dívida para os nossos vindouros acabarem com o resto do País e fecharem a porta nas costas!
Assim acaba-se com o que já sofre de deformação congénita!
A Infabilidade jornalística???
A infalibilidade jornalística (por Fernanda Câncio)
Não me parece desejável que ninguém guarde estes guardas - em que me incluo. Não é saudável o corporativismo.
(Diário de Notícias de Março 10, 2009)
Fernanda, um dia escreves-te algo que não gostei (sobre o Irão) e protestei para o teu email, mas agora subscrevo, assino por baixo e defendo com unhas e dentes tudo aquilo que dizes e escreves no teu artigo sobre o corporativismo jornalístico, sobre o terrorismo que jornais de "referencia", balofos e cancerígenos comentadores idiotas e estações televisivas de estupidificação global lusitana nos inundam diariamente com total, aberrante, alarve e sebosa aceitação da populaça!
Não estás sozinha, mas que perante tanta acéfala monstruosidade, é dificil não se sair magoado, disso não tenhas dúvida. Mas tens força para isso e muito mais!
Aguenta-te que cá estamos para ajudar nem que seja pela força (que ainda é o que resolve muita coisa)!
Preocupações depois da asneira!?
Trabalhadores dos Estaleiros de Viana preocupados com futuro, depois da rescisão de contrato com Açores
O Público de 11.04.2009
Aqui está um dos nossos seculares problemas como País; o desleixo e a falta de respeito pelos compromissos previamente assumidos com aqueles que, sabe-se lá porquê, ainda pretendem adquirir o que por cá se fabrica.
No fim de contas, até internamente como é o caso dos Açores, já não existe paciência para aturar o "guarda para amanhã o que poderias fazer hoje e eles (os Açoreanos) que se desenrasquem".
E lá se vai um prejuízo enorme ser pago com as massas dos contribuintes.
Quanto ao barco “Atlântida”, fica para ali parado à espera que um “pato bravo” o adquira como novo e o leve dali para fora!
Preocupações agora??? Que ninguém se queixe porque a culpa é de todos, administração e pessoal técnico!
O Público de 11.04.2009
Aqui está um dos nossos seculares problemas como País; o desleixo e a falta de respeito pelos compromissos previamente assumidos com aqueles que, sabe-se lá porquê, ainda pretendem adquirir o que por cá se fabrica.
No fim de contas, até internamente como é o caso dos Açores, já não existe paciência para aturar o "guarda para amanhã o que poderias fazer hoje e eles (os Açoreanos) que se desenrasquem".
E lá se vai um prejuízo enorme ser pago com as massas dos contribuintes.
Quanto ao barco “Atlântida”, fica para ali parado à espera que um “pato bravo” o adquira como novo e o leve dali para fora!
Preocupações agora??? Que ninguém se queixe porque a culpa é de todos, administração e pessoal técnico!
Onde estamos? Para onde vamos?
Confesso que estou confuso, triste, amargurado e angustiado com o que nos rodeia.
Sempre que volto a Portugal, tudo o que revejo e ouço me causa um sentimento estranho de insegurança e tristeza.
Aliado ao facto de uma economia que está a enviar este País para patamares de desenvolvimento de outras eras passadas e que jamais gostaríamos de reviver, volta a tristeza às pessoas.
Caiu-se na real.
Afinal andámos a viver com nuvens à volta do pescoço a taparem-nos o resto do corpo sem poder vêr como ele, esse corpo, definhava, tal era a nossa pobre soberba.
Empresas que fecham, trabalhadores na rua às dezenas de milhar a manifestarem-se, casos Freeports, Magistrados aldrabões, Justiça canalha, defesa e libertação de criminosos, processos sumários a polícias, agressões verbais baixas e mesquinhas a membros do governo, conluios dos "media" para criminosas alterações políticas nas próximas eleições, mentiras abissais, tiroteios nas ruas, etc, etc……….!?
Mas onde estamos nós???
Para onde vamos nós?????
Estamos a abrandar.
Estamos a ficar para trás.
Economicamente os nossos vizinhos espanhóis, alemães ou franceses nada nos compram.
Fecham-se em si próprios e como possuem infra-estruturas económicas colossais algo ainda resistentes, os tugas que estendam a mão a outros (hábito lusitano). Que se arranjem!
Por cá, a inteligência, a pró actividade e a consciência de que algo terá de ser feito, emigra!
Não está para se perder neste lodo.
Emigra outra vez, não como os avós dos anos cinquenta e sessenta, mas emigra. Nem sequer vão olhar para trás.
O solo Pátrio é padrasto (alguma vez deixou de o ser?).
Paradoxalmente, um País sempre ofendido por nós, roubado e vilipendiado é hoje uma das poucas luzes ao fundo do túnel; Angola!
Paradoxalmente, mas é verdade! Angola, a minha sempre querida Angola coração da mãe África!
Dá mesmo vontade de dizer; cá se fazem cá se pagam!
Cá estamos nós, portugueses, mais uma vez, a cingirmo-nos à tradicional pequenez de acções e ideias!
Realmente se nunca se aprendeu em nove séculos de independente existência, jamais se aprenderá!
Sempre que volto a Portugal, tudo o que revejo e ouço me causa um sentimento estranho de insegurança e tristeza.
Aliado ao facto de uma economia que está a enviar este País para patamares de desenvolvimento de outras eras passadas e que jamais gostaríamos de reviver, volta a tristeza às pessoas.
Caiu-se na real.
Afinal andámos a viver com nuvens à volta do pescoço a taparem-nos o resto do corpo sem poder vêr como ele, esse corpo, definhava, tal era a nossa pobre soberba.
Empresas que fecham, trabalhadores na rua às dezenas de milhar a manifestarem-se, casos Freeports, Magistrados aldrabões, Justiça canalha, defesa e libertação de criminosos, processos sumários a polícias, agressões verbais baixas e mesquinhas a membros do governo, conluios dos "media" para criminosas alterações políticas nas próximas eleições, mentiras abissais, tiroteios nas ruas, etc, etc……….!?
Mas onde estamos nós???
Para onde vamos nós?????
Estamos a abrandar.
Estamos a ficar para trás.
Economicamente os nossos vizinhos espanhóis, alemães ou franceses nada nos compram.
Fecham-se em si próprios e como possuem infra-estruturas económicas colossais algo ainda resistentes, os tugas que estendam a mão a outros (hábito lusitano). Que se arranjem!
Por cá, a inteligência, a pró actividade e a consciência de que algo terá de ser feito, emigra!
Não está para se perder neste lodo.
Emigra outra vez, não como os avós dos anos cinquenta e sessenta, mas emigra. Nem sequer vão olhar para trás.
O solo Pátrio é padrasto (alguma vez deixou de o ser?).
Paradoxalmente, um País sempre ofendido por nós, roubado e vilipendiado é hoje uma das poucas luzes ao fundo do túnel; Angola!
Paradoxalmente, mas é verdade! Angola, a minha sempre querida Angola coração da mãe África!
Dá mesmo vontade de dizer; cá se fazem cá se pagam!
Cá estamos nós, portugueses, mais uma vez, a cingirmo-nos à tradicional pequenez de acções e ideias!
Realmente se nunca se aprendeu em nove séculos de independente existência, jamais se aprenderá!
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