Quando temos a força bruta do nosso lado (e à conta de terceiros), uma valente e mesquinha dose de arrogância, um desrespeito pelo património alheio, um fundamentalismo religioso pré-histórico e um racismo animalesco, “assiste-nos” o direito de agredir seja quem for e entrar pela casa alheia sem pedir licença como se do nosso quintal se tratasse.
Mesmo que o estado de Israel possa ter alguma razão na tentativa de salvar os seus soldados, a maneira como o faz é bárbara e só vai atiçar os ódios e desprezo internacional que com toda a razão se geram em seu redor, inclusive quem directamente os apoia.
O Líbano mais uma vez tem sido o cordeiro sacrificado aos prazeres diabólicos de um maldito estado pirata que não vê nem quer ver que agindo pela via da brutalidade, está cavar o seu isolamento e a aumentar o ódio de toda uma humanidade, lançando-o irremediavelmente na senda do desprezo e das respostas vingativas.
Começamos a ponderar se não valerá dar crédito a quem coloca em causa a fastidiosa e bolorenta história do holocausto pois os processos que Israel utiliza estão a entrar numa semelhança evidente e aterradora.
Vale a Israel o facto de ser alimentado pelos americanos e por essa razão (única) poderem militarmente agir sem castigo. Caso contrário outro galo cantaria.
Quanto ao Hamas e ao Hezbolah que nada têm a perder, não lhes restará mais do que sofrer e responder com todos os métodos disponíveis ao seu alcance, nem que para isso se enverede pela via do acções desesperadas, do sofrimento e da auto flagelação!
A humanidade um dia vai ter de saber e escolher entre um lobo assassino mascarado de cordeiro e um cordeiro que teve o azar de um dia se vestir de lobo.
Oxalá não seja tarde demais.
SCOLARI
Obrigado Scolari
por nos teres agitado
por nos fazeres sorrir, rir de alegria e expandir a nossa loucura
por nos teres dado algum amor próprio
por nos fazeres gostar da nossa bandeira
por num curto espaço de tempo nos levares a pensar que ainda vale a pena sentir este País
por gostares deste País e fazeres mais por ele do que muitos compatriotas meus
por nos demonstrares que se quisermos podemos ir mais longe, não só no futebol mas em tudo aquilo que nos pode enriquecer como povo respeitado e respeitável
por não teres medo de chamar os bois, os coirões e os cães raivosos pelos seus próprios nomes (que nem nome merecem ter)
Gostaria de te ver por cá muito mais tempo.
Pessoas como tu são água cristalina e fresca neste deserto tão vazio de vontades e motivações mas tão cheio de secos ataviados e balofas vaidades.
Somos “pequenos” demais para ti. Somos realmente patinhos feios.
Até quando???
Nas Meias Finais
A todos eles se deve terem chegado onde, com toda a sinceridade, não se esperava ir. Chegar à final é uma previsão perfeitamente aceitável.
Este País necessita de motivações. No meu entender não deveria ser o futebol a motivação número 1 mas talvez seja uma locomotiva para que tenhamos algum orgulho de pertencer a este País pequeno mas que tenta, por todos os meios pôr-se em bicos de pés.
Na verdade muitos outros nem isso conseguem.
Que os pupilos de Mr, Scolari e o próprio Sr Scolari (que tão infamemente e injustamente tem sido ofendido pela nossa imprensa) vençam e se apresentem na final como autênticos heróis é o que eu desejo.
Viva Portugal
Coitados, grande desilusão!
Nesta semana completa de trabalho, incluindo os dois feriados do santo antoninho e do corpus christi em que cheguei a fazer mais de 12 horas por dia a trabalhar, esta chuva diária tem sido uma doce vingança e um suave bálsamo para o meu ego tão aviltado pelas visões intoleráveis e dilacerantes de milhares de tugas, tias, tios e quejandos sobrinhos a ir ”a banhos” lá para as bandas do Sul, enquanto eu para aqui a aturar empreiteiros, pessoal imigrante a partir chão com maravilhosos e suaves martelos pneumáticos de 20 Kgs, fazer massa para um pavimento de um piso da fábrica, aplicar resina epoxy, reposicionar quadros eléctricos de potência e comando mais a respectiva cablagem (a que eu chamo spagetti), enfim um imenso numero de acções dignas de quem como eu ainda faz alguma coisa por este país da treta.
Mas valerá a pena?????
Valerá a pena quando assisto embasbacado na Televisão da nossa tristeza que os agricultores, “coitadinhos” exigem um subsídio do governo para fazer frente aos prejuízos causados pela abençoada carga de água que caiu neste mês de Junho?
Valerá a pena quando vejo o maralhal estar-se nas tintas e partir de vacations para o Algarve e outros locais à conta dos cartões de crédito que jamais conseguirão pagar durante todos os anos de vida que lhes restam?
Valerá a pena quando vejo os professores do nosso atraso intelectual aproveitarem a semana prolongada para fazerem greve nacional?
Valerá a pena quando assisto estupefacto ao fecho da Opel Azambuja, única e exclusivamente por má gestão, por não ter sabido aplicar as verbas recebidas do governo há cerca de quatro anos?
Valerá a pena quando alguns se preparavam para iniciar a anual “dança do fogo” dando início às queimadas das nossas florestas para depois, com a complacência das autoridades, dos bombeiros e de algumas autarquias obterem os respectivos dividendos?
Valerá a pena quando se continua a assistir a autênticos anormais fazer das estradas e auto-estradas deste País pistas de corridas querendo, agarrados ao volante, esconder a sua impotência (em todos os seus aspectos)?
Valerá a pena continuar quando a lista enorme das anormalidades é infindável?
Não, realmente não vale a pena.
Esta chuva abençoada veio “estragar” muita coisa que não estava bem, veio limpar muito “esterco” acumulado, veio arrefecer e perfumar o ambiente doentio que é, e tem sido nos últimos anos a cansativa estação do Verão.
Através da janela do gabinete da fábrica onde trabalho vejo a doçura das árvores e jardins que me rodeiam, ouço a passarada a cantar, vejo a relva molhada verde e fresca, vejo as nuvens de um cinzento claro a deslizarem suavemente de Sudoeste para Nordeste, prenuncio de que mais água, única e verdadeira fonte da vida, vai cair e que vai, para minha alegria e satisfação, continuar a estragar os planos de muitos que fazem da farra e da irresponsabilidade a desgraça deste país.
Vai fechar a fábrica de automóveis da Azambuja!
Lembro-me bem desta fábrica, quando iniciou a produção do Opel Kadet e se bem recordo do Opel Kapitan. Estamos a falar no final da década de 60, concretamente 1967 a 1969.
Era um miúdo. Recordo-me perfeitamente e com a satisfação do momento de ver na traseira desses carros um pequeno dístico com os dizeres de Montagem Portuguesa.
Vinham lindíssimos, em camiões para o cais de Alcântara para serem enviados, muitos deles por via marítima, para a Alemanha e outros países europeus.
Tempo de indústria muito diversificada e que eu me fui apercebendo ao longo dos anos de estudo neste País. Os denominados “serviços” eram restringidos à sua verdadeira dimensão ou seja; ao serviço das forças produtivas (um dia destes tecerei algumas das minhas ideias sobre “aquilo” que hoje em dia se chamam serviços).
Azambuja vai fechar!
Como resultado de vários conceitos actuais globalizantes e tão do agrado dos economistas do nosso tempo (e que eu considero apenas como contabilistas), a Azambuja vai fechar!
São “só” mais seis mil pessoas que estão em causa.
O Governo afirma que fará o possível para manter a fábrica em laboração.
Obviamente que é tudo falso. Já sabemos o resultado final. Igualzinho a tantos outros casos que têm vindo a empobrecer este País.
Hajam futebol, feriados, férias de verão, telenovelas e santinhos populares para alegrar o pagode que o resto não é problema. Vive-se o momento (e mal) porque quem vier atrás que feche a porta, que se desenrasque.
É assim Portugal século XXI!
Até quando???
Era um miúdo. Recordo-me perfeitamente e com a satisfação do momento de ver na traseira desses carros um pequeno dístico com os dizeres de Montagem Portuguesa.
Vinham lindíssimos, em camiões para o cais de Alcântara para serem enviados, muitos deles por via marítima, para a Alemanha e outros países europeus.
Tempo de indústria muito diversificada e que eu me fui apercebendo ao longo dos anos de estudo neste País. Os denominados “serviços” eram restringidos à sua verdadeira dimensão ou seja; ao serviço das forças produtivas (um dia destes tecerei algumas das minhas ideias sobre “aquilo” que hoje em dia se chamam serviços).
Azambuja vai fechar!
Como resultado de vários conceitos actuais globalizantes e tão do agrado dos economistas do nosso tempo (e que eu considero apenas como contabilistas), a Azambuja vai fechar!
São “só” mais seis mil pessoas que estão em causa.
O Governo afirma que fará o possível para manter a fábrica em laboração.
Obviamente que é tudo falso. Já sabemos o resultado final. Igualzinho a tantos outros casos que têm vindo a empobrecer este País.
Hajam futebol, feriados, férias de verão, telenovelas e santinhos populares para alegrar o pagode que o resto não é problema. Vive-se o momento (e mal) porque quem vier atrás que feche a porta, que se desenrasque.
É assim Portugal século XXI!
Até quando???
"Eiterna i nobre hardança"
"Ah! Fala nuôssa i siêmpre biba/ La mais rica, eiterna i nobre hardança/ Qu'na beisos de criança/ Me dórun cul pan negro/ Mius pais í mius abós/ Falai-la, mius armanos./Guardai-la!.../ Stimai-la! .../Amai-la!.../ Fazei-la bibir an bós!.../ Pus s'eilha se bai morrendo/ Nun ajudeis a anterrá-la."
Sempre gostei de ouvir a doçura deste dialecto.
Sempre gostei de minorias. Faz-me sentir mais seguro.
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