
….e foi assim que os conheci com estas carinhas de betinhos “bondosos”. E foi assim que após uma louca audição numa festa de um clube do Largo de Alcântara em Lisboa, já lá vão quase quarenta anos, fui atingido pelos sons, batidas e melodias certas, rafeirosas (tão a meu gosto) desta banda de um celeste apocalíptico.
Desejei e senti que se na altura continuasse a tocar gostaria de o fazer segundo o Evangelho superiormente definido por Mick Jager, Keith Richards, Brian Jones, Bill Wyman e Charlie Watts.
Os Rolling Stones foram a banda que marcou profundamente a minha juventude e me ensinou a não gostar das coisas fáceis da vida.
A irreverência, a contestação, a provocação por tudo e por nada e até alguma violência tão de meu gosto, aliada a blues de uma doçura e de poemas sublimes sublinham os extremos superiores e inferiores que fazem com que valha a pena viver; sempre na zona vermelha.
Mais nenhuma se lhe comparou nos anos sessenta, como nos setenta ou nos oitenta (muito menos agora).
Satisfaction, Start me up, Angie, Lady Jane, o delicioso Brown Sugar ou o divino hino Sympathy for the Devil (talvez por isso), etc, etc, são o que de melhor se fez no mundo do Rock´n roll. Hoje, o melhor que podem fazer é copiá-los. Obviamente uma cópia será sempre pior que o original.
Estão velhos. Também eu estou. Mas todos passam, menos os Rolling Stones e a história se encarregará de o provar.
Lá estaremos em Alvalade a 25 de Junho.