Que pena!!!!



A vida tem destas coisas.
Tende-se a evoluir para de seguida enfiarmo-nos directamente na via do retrocesso.
Não quero acreditar que num dos países que tem reconhecidamente as mulheres mais bonitas do mundo (e mais gostosas), vão agora obrigá-las a pagar multas e a passarem umas horas detidas por alegrarem o ambiente de uma cidade superpovoada.
Não pode ser.
Conheço bem Tehran. Para além daquelas lindíssimas montanhas de Alborz com os seus circuitos pedestres e a vista sobre a cidade, a outra admirável beleza são inevitavelmente as suas …………..mulheres!
Zanieah dar Tehrani kheily kashangieah astand!!

Quem as vê andar nos passeios das avenidas da Jordânia, Valy Asr ou Enqhelab, só se for cego é que não tem dores de pescoço.
Que pena!!! Há que fazer qualquer coisa!!

FCP


Enfim. Acabou.
Deixou um gosto amargo a trabalho por fazer, não só o de casa mas também o diário.
Para os lados das Antas esses preceitos não são permitidos e só assim é que se ganham campeonatos e taças.
Realmente nem todos podem ter um Pinto da Costa!
Sem grande alarde, sem grande propaganda e com a imprensa por trás da porta como se impõem e como deveria sempre ser, o FêSSêPê lá somou mais um Nacional.
Só se pode dar os parabéns aos vencedores.
No fim de contas até o merecem! Parabéns!!

Por cá, estamos a tentar lutar pelos restos, águias e leões.
É triste mas é a realidade!
P´ró ano há mais!!!!

Mesmo que....



FERMEREMO LE ARMI DEL CAOS, NON QUELLE DELLA RESISTENZA! (Hamas)

Mesmo sabendo que mais tarde ou mais cedo vão sofrer as represálias dos judeus, com os assassinatos selectivos e outras “perfeições” da Mossad, é preciso ter coragem para não deixar cair os braços e afrontar a besta.

Será que estamos a mais??


Já era sabido que os três relatórios, Banco de Portugal, FMI e OCDE não seriam favoráveis nas suas análises económicas relativamente a Portugal.
Basta ver e sentir o pulso deste País para infelizmente sermos confrontados com essa realidade.

Vítor Constâncio igualmente não deixou de enviar umas farpas ao governo de Sócrates.
No entanto o conhecimento que já tem do País e os cargos superiores que tem ocupado no BP dever-lhe-iam dar algum poder para tomar uma atitude mais activa.
Falar do alto da cátedra e só agir de conversa é-lhe típico. Lava daí as suas mãos.

Começa a ser angustiante e doloroso, ano após ano, sentir e ver que não saímos da cepa torta.

Já agora e a talhe de foice, sabiam que após 30 minutos da abertura do novo Casino de Lisboa um parque de estacionamento com capacidade para 300 veículos ficou completamente cheio com viaturas de adeptos das slots e não só??
Será possível que este povo ande a dormir há tanto tempo e só pense em andar na “geraldina”.
Será que nos estamos a tornar inviáveis como País?

Então??? Que é isto???


Sporting!? Porquê?? Que se passa contigo?
Porque desperdiças a nossa dedicação e devoção como o fazes defronte das balizas adversárias?
Já não destingues à tua frente o poder imensamente azul que te ofuscou naquele fim de semana para esquecer.
Mas, cuidado, muito cuidado com o poder vermelho que se prepara para te devorar, caso não lutes.
Já é mania de deitares a toalha ao chão quando pensas "incapacidade". Não lutas, não enfrentas.
Olha que luta bonita não dá quando de esqualos somos perseguidos.
Não me dês mais desgostos. Pelo menos uma ida directa à Champions League oferece-nos, senão lá temos de nos contentar com a segunda divisão europeia (sim porque dificilmente passas as eliminatórias).
GMorgado

O que fazer com o Irão


Eu não disse?
Era só uma questão de tempo! E foi bem depressa.
Ele tem de citar alguém, porque como quase toda a imprensa portuguesa, a técnica do copista é fundamental para a subsistência jornalística nacional. Salvam-se raras excepções. A inteligência e o poder criativo não fazem muito o nosso jeito.

Ele enaltece um grande pensador; Raymond Aron. Como se este senhor fosse um eleito predestinado para grandes feitos de análise política. Na realidade não passou de um simples escriba ao serviço de quem nós sabemos.

Ele tem a lata de comparar Ahmadinejad com o Hitler metendo o Hamas à mistura fazendo da confusão letra de lei, tendenciosamente procurando levar os leitores a tomarem o partido da mentira e a aceitarem de bom grado a calúnia jornalística.

Ele manhosamente apela ao “dever nuclear” europeu e americano de, …estudarem a hipótese de um ataque, da mesma forma que, desta vez, devem agir a uma só voz no conselho de segurança, …… como se atacar um País de setenta milhões de habitantes e com uma economia poderosa, fosse como entrar no Iraque, no Afeganistão, na Sérvia ou em qualquer república das bananas.

É inadmissível que a ele, não conhecendo o Irão, tal como não conhece Angola, se lhe permita escrever artigos que fomentam uma apologia da guerra.
E vem depois com uma grande lata falar nos direitos humanos, como o fez no seu hilariante artigo sobre Cabinda.

Que direitos é que ele exige agora ao Irão??
Que se vergue ao estado de israel a quem se permite possuir um arsenal nuclear e que praticou, pratica e praticará todo o género de atrocidades na Palestina?
Que se submeta à influência e ao poder de mais duas potências nucleares vizinhas, o Paquistão e a Índia?

O que é que aprova? Arrasar Tehran e os seus catorze milhões de habitantes, com uma bomba nuclear tal como dá a entender??
Destruir a central nuclear de Isphan para depois na Europa nos submetermos a represálias de todo o género?

Ele não sabe, porque nunca lá foi (nem há-de ir). Ele não sabe que a Republica Islâmica do Irão é, naquela área, a nação que mais próxima está do nosso modelo de vida, mau grado as contradições que possui?

Na minha estadia no Irão, senti como não posso nem devo embarcar nas ideias que por cá se tem sobre a República Islâmica.
Mediante aquilo que vi e os amigos que por lá fiz, revolto-me todos os dia só de pensar que existe gente que pensa e escreve como ele!

Ele devia ter vergonha, mas gente da sua laia não tem, porque não presta.

Guilherme Morgado

Jornalismo de primeira água

É evidente que estava para acontecer.

Não sou nem adivinho, nem vidente, nem crente ou apóstolo de qualquer seita.
Mas não era difícil prever que isto ia acontecer.

Já tinha comentado num artigo anterior que o nosso Primeiro Sócrates iria dar um belíssimo passeio a terras Angolanas (que saudades), tentar que naquelas terras tivéssemos alguma oportunidade para poder ajudar relançar a nossa economia.
Isto sabendo com realismo que já vamos tarde.

Se na altura já achava difícil então daqui para a frente muito mais. E muito mais porque o contributo para que isso acontecesse partiu, mais uma vez, das nossas atitudes jornalísticas pouco inteligentes, tipicamente de patos bravos (para não chamar tugas porque há quem goste de o ser).
Os nossos jornalistas, comentadores e articulistas promoveram uma campanha anti angolana do mais baixo teor jornalístico que se possa imaginar.

Incrível como ao fim de 32 anos, ainda haja quem sofra de dor de cotovelo e recalcamentos que definem um profundo e bolorento neo-colonialismo.

Mais uma vez o senhor José Manuel Fernandes do Público, que nem sequer conhece Angola, escreve um artigo profundamente provocatório, maldoso e manhoso. Intragável simplesmente! Mas não foi só ele! Houve mais.

Numa altura em que uma contenção nas palavras e atitudes seria o mais aconselhável, aparecem os arautos da desgraça, pregadores de feira, moralistas duvidosos e falcões sem penas com o alerta dos “direitos humanos”, Luanda vista do prisma que lhes interessa, ou a razão de independência que assiste aos bandos de Cabinda.

Claro está, a resposta veio da imprensa Angola de modo lapidar (e muito bem, diga-se de passagem).
Desde corruptos que têm nascido como cogumelos neste país, até focarem vergonhas lusitanas bem conhecidas (sistema judicial, criminalidade, etc, etc, etc, etc.).
Uma maravilha. Um suculento rol de realidades digno de ser conhecido e que só nos envergonha.
Aconselho a entrarem nos sites da imprensa angolana. Uma delícia.

Continuamos a ser um país que não aprende com as asneiras que fez e faz e que as repete até à exaustão como se da primeira vez se tratasse.
Pelas nossas atitudes de bisbilhoteiros, manhosos, provocadores baixos e linguarudos, realmente não merecemos melhor sorte!

Valha-me ao menos saber com profunda alegria que hoje a Vénus Express vai entrar na orbita do planeta Vénus. O que vai encontrar não será muito convidativo à vida humana. Mas seguramente que existe um ambiente despoluído dos JMF´s.
Saudações.


Nota: A semana passada viajaram para a Republica Islâmica do Irão uma comissão de portugueses em visita de cortesia organizada pela Embaixada daquela Republica em Lisboa onde estava incluído um ramalhete de alguns dos nossos melhores "repórteres".
Só que o JMF não foi (nem tinha nada que ir).
Querem apostar comigo como ele vai fazer um artigo a desancar o país dos Ayatollás com se lá tivesse vivido e conhecesse as realidades daquele País??
Leiam o Público das próximas duas semanas.

DEMOCRACIA

Estados Párias

“A democracia é o pior dos regimes, com excepção de todos os outros”. Winston Churchill.
Engraçado!
Já agora sabiam que o diário Jyllands-Posten do democrático reino da Dinamarca, o tal que publicou as caricaturas de Mahomé (realmente existe algo de podre naquele reino), recusou-se há alguns anos atrás publicar a caricatura de Cristo, com as espinhas da coroa transformadas em bombas, atacando clínicas que praticam a interrupção voluntária da gravidez?

Interessante não é? Outra contradição das nossas democracias ocidentais. Democracias por medida!
Temos o privilégio e a liberdade de criticar os tabus das sociedades dos “outros”.
Na maior parte dos casos é certo que temos razão, precisamente pela liberdade que possuímos de analisar, contestar e, pelo menos, pressionar de modo a que situações injustas sejam rectificadas e/ou abolidas. É incontestável.

Mas quando toca aos nossos tabus, sejamos realistas, quebra-se-nos o verniz e ficamos alvoraçados se vemos o Hamas a ganhar as eleições na Palestina, Hugo Cháves na Venezuela, Mahmud Ahmadinejad no Irão e René Préval no Haiti.

Tudo se fez no Ocidente para contrariar essas vitórias.
Aconteceram. Votou a maioria. Por alguma razão o povo é soberano, diz-se cá, por estas bandas.

Mas,………, aqui está a contradição acima referida; as nossas consciências foram agredidas e estremecem de receios pela nossa prestimosa segurança.

Sentimo-nos mal porque sabemos que estas vitórias eleitorais vão contra a nossa estabilidade política, económica e social. Vão contra a nossa pretensão em gerir externamente as economias desses estados e nada mais importante que a eleição de alguém da nossa confiança. Só que nem sempre acontece. E ainda bem.
De fantoches está o mundo cheio e algumas pessoas, tais como eu, não gostam nada de circo (passo a palavra).

Saudações

Sócrates em Angola

Aí está! Bem à lusitana moda, cá vai o nosso Primeiro com trinta empresários portugueses fazer uma visita a Angola!

Lá vamos nós mais uma vez. Mas como de costume atrasados.

Com a evolução que Angola está a ter neste momento e com as previsões de crescimento exponencial para os próximos 10 anos, não passa pela cabeça de ninguém que em Luanda estejam muito preocupados com a chegada destes “Belos Adormecidos”.

Angola nos últimos anos foi visitada por mais de 5000 empresários chineses, outro tanto com proveniência diversa tal como, África do Sul, Brasil, Israel, Suécia, Rússia e claro Espanha (deixem-me confessar-vos que me encanta e seduz esta maravilhosa relação de amor e ódio…………con nuestros hermanos)!

Nós vamos com trinta empresários. Poderia dizer; ridículo. Mas na realidade não tenho esse direito em afirmá-lo, porque bem no fundo os poucos empresários que Sócrates leva consigo estão na razão directa do baixo desenvolvimento de Portugal e dos poucos projectos com que podemos concorrer. Em termos técnicos deixam muito a desejar e ainda por cima os custos que apresentamos são elevados.

E quem não tem, a mais não é obrigado!

É pena porque quem conhece Angola, como eu a conheço, sabe o que seria importante para nós (mais para nós do que para os angolanos) se tivéssemos uma economia razoavelmente sólida, agressiva e perspectivada para o futuro. Só teríamos a ganhar.

Assim ficamos pela pompa e circunstância do evento e talvez por um weekend no Mossulo comendo lagosta, bebendo umas cervejas e tomando umas banhocas naquelas águas de sonho (qual Algarve, quais Maldivas, qual quê)!
Para quem se contenta com pouco já não é mau!
Saudações

Benfica

Soube-me a pouco em termos de resultado. No entanto foi um jogo lindo de ver! Porque gosto muito de futebol.
Este jogo foi um autêntico bálsamo após um dia inteiro de trabalho. Ppara os meus companheiros Bloguistas devo informá-los que não sou benfiquista.

Sou Sportinguista. Dir-me-ão os meus companheiros de clube que um verdadeiro Leão deverá acima de tudo ser anti Lampião.
Sinceramente não penso assim. Não embarco em fundamentalismos clubistas (ou outros).

Do fundo do coração, desejo os maiores sucessos desportivos à valorosa equipa da Águia que neste momento tenta representar o melhor que pode e sabe, o nosso País (e tão necessitado que está de algumas alegrias).
E também por mais duas razões:
• Pela lembrança de meu pai que tanto amava o seu Benfica.
• Pela alegria que se estampa na cara da minha filha quando o seu Benfica vence.

Saudações

Sofá para a IC19




Não queria acreditar mas é verdade. Ao princípio fiquei estupfacto, depois alarmado e finalmente revoltado.
Lembrei-me de uma qualquer estrada num país africano em que se vê o pessoal a estender a fruta no alcatrão, ou então aquele barbeiro que num separador de uma autoestrada na India executa cuidadosamente o seu trabalho de aparar a barba a um paciente que, como a maior das naturalidades lê simultaneamente o jornal!
Pois é! Em plena IC19, a meio da faixa de rodagem, um sofá esquecido permanecia indiferente aos automobilistas que naquela via lutam pela vida diariamente!!!!

Estamos mesmo num país do terceiro mundo. E cheguei eu até aos 57 anos de idade, conhecendo aquilo que conheço para me entristecer ainda mais com o facto de pertencer a esta tugaria. Somos Portugueses, feios, porcos e muito mas mesmo muito maus!!
P´ró diabo com isto tudo!

Borje Azadi



Julho de 2005. Tehran na Praça Azadi junto à torre do mesmo nome!

Custa muito

É verdade. Custa muito ser posto fora da "carroça" quando não se merece.
Aliás para falar verdade nem Sporting nem Porto mereceriam sair agora.
A final desejada foi antecipada.
Saudações leoninas a todos os meus companheiros Sportinguistas e dia 9 de Abril cá os esperamos!

Opinião

José Manuel Fernandes opinião
Há três anos defendi a invasão do Iraque. O que se passou depois trouxe-me algumas surpresas desagradáveis. Contudo, mesmo assim, continuo a pensar que a decisão foi acertada, que o mundo e o Iraque estão melhor sem Saddam Hussein e que se estão a tirar lições do erros cometidos. O mundo continua perigoso, mas ter cedido seria pior


É obra!
Ao menos reconhece que apoiou a invasão da força bruta e estúpida a um estado soberano.
Quando estamos no ambiente seguro da redacção do jornal ou em casa agarrados ao computador, a preparar o comentário que tece louvores a um acto imundo de agressão, é de herói!

….. que o mundo e o Iraque estão melhor sem Saddam Hussein e que se estão a tirar lições do erros cometidos.

Este senhor deve estar noutro planeta e das três uma:
• Ou lhe pagam bem para dizer estas monstruosidades (e há que beijar e lamber a mão que nos alimenta),
• Ou está completamente invisual e anda em pé porque é moda,
• Ou finalmente a inteligência chegou ali e parou!

É de pasmar.

Ano Novo Persa

نوروز جون دوستم

Hoje 21 de Março é o primeioro dia do Ano de acordo com o calendário Persa.
Para que conste

MILO

Ontem ditadores, hoje após a sua morte admirados, amanhã heróis!
A reacção dos Sérvios à morte de Milosevic e a estupefacção dos Ocidentais perante essa reacção é, no meu ponto de vista, algo admirável.
Vai seguramente suscitar as mais apaixonadas discussões e pareceres e vão-se ouvir muitos “entendidos” tentar explicar algo que é evidente mas que perdeu significado no Ocidente; a ideia de nacionalismo.

Ontem ouvi e vi na TV (um canal português) um apresentador afirmar que não entendia “como é que é possível a Sérvia sentir tão profundamente a morte de Milo”.
Tendo ele sido um ditador, o principal lobo dos Balcãs e responsável pela morte de tantos membros de diferentes etnias Jugoslavas, pensar-se-ia que após a sua morte o assunto ficasse arrumado e que o esquecimento fosse o mais natural dos resultados. Ponto final!

Pois é. Só que pelo andar da carruagem e pelas reacções verificadas, uma ideia dessas vai seguramente contra a realidade dos sentimentos Sérvios. Mesmo sendo, como se diz no Ocidente, um criminoso, um assassino, era acima de tudo para a Sérvia, e são eles que dizem bem alto para quem quiser ouvir, um Sérvio.

Era um “slovo”, era um “deles”. E se todos nós temos direito aos nossos anjos bons temos também direito aos nossos anjos maus. Serão para nós sempre os nossos anjos.
Recordo-me do funeral de Salazar e da imensa mole humana de Portugueses que o acompanhou à sua última morada. Mesmo que não se gostasse dele, fez história e vincou durante muito tempo a nossa maneira de ser e de tal modo que hoje ainda a estamos a pagar.

Perante toda esta situação, o Tribunal Penal Internacional de Haia que seguramente não sabe o significado de patriotismo, camaradagem e companheirismo (também não foi criado para isso) sente-se comprometido perante dois problemas: primeiro justificar a morte espontânea de Milo (e quem vai acreditar no que eles dizem?) e depois perceber como é que dezenas de milhar de Sérvios acompanham o “tenebroso Milosevic” à sua última morada e agir em conformidade perante os queixosos.

O facto de um “O ultimo adeus ao nosso companheiro de luta” ter sido reconhecido por um general Croata (Ante Gotovina) antigo adversário das guerras Balcânicas que puseram frente a frente irmãos Croatas contra Sérvios, fala por si.

Saudações

Tambores de guerra

Qualquer pessoa que se cruze comigo na estrada quando, conduzindo me desloco para o trabalho, facilmente se apercebe do meu momentâneo estado de espírito. Do mesmo modo também sei avaliar, as fisionomias das pessoas com quem me cruzo e o que lhes vai nas almas.

Mas hoje provavelmente excedi-me. Devo ter transmitido um estado de raiva e revolta jamais sentido. Verdade se diga que já o venho a sentir há alguns tempos atrás.
Desta vez foi como que uma gota de água que fez transbordar o copo já alvoraçado.

A razão foi muito simples: madame Condoleeza Rice com aquela arrogância e sobranceria tipicamente americanas de quem “quero, posso e mando”, acusou a República Islâmica do Irão de ser um ninho e/ou um entreposto de terroristas no planeta.
Acto contínuo; há que começar a preparar armas e bagagens para a grande invasão!

É incontrolável a sensação de angústia e revolta que se apodera de nós quando se agride, verbal ou fisicamente algo ou alguém de quem nós gostamos, mau grado a imagem que essa entidade, em alguns casos e em termos latos, possa comportar. Isso reconhecidamente acontece com a R.I. Irão.

Mas mesmo assim, que direito e que moral temos nós, ocidentais para chamar terroristas seja a quem for, quando sistematicamente continuamos a fomentar ódios em nome de um sistema que, embora permita a liberdade de dizer o que se quer, agride princípios, culturas, tradições e modos de vida em nome de uma democracia tão eivada de contradições?

Bem ao lado do Irão, o Iraque a Oeste e o Afeganistão a Leste são um dos muitos exemplos de falhanços desses princípios e do desastre em que previsivelmente estas nações se estão transformar.

De algum modo sinto-me à vontade para falar do Irão. Conheço-o assim como o seu povo. Acima de tudo e talvez aquela que é mais importante: sei falar farsi a língua persa.
Lá fiz grandes amigos, passei momentos inesquecíveis. Gostaria de voltar e voltarei sempre que puder, a Tehran, Shiraz, Isphan ou Mashad sabendo que alguém me esperara nos aeroportos Internacionais de Merhabad ou Íman Khomeiny na grande metrópole que é Tehran, com aquela gentileza, alegria e simpatia que os Iranianos, e só eles, oferecem aos estrangeiros.

E custa-me que em Portugal, cujo peso internacional é completamente desprezível (salvo raras excepções como no futebol), hajam tantas pessoas com total desconhecimento e intolerância perante o Irão alinhando caninamente pelas directivas do tio Sam.

Realmente a quem não tem valor, não se inveja nem se dá crédito. Nesse aspecto como na generalidade dos factos não nos invejam.

Só se inveja e respeita quem tem poder, riqueza, força!
É por isso que madame Condoleeza Rice e a administração americana, consideram o Irão um perigo de futuro desenvolvimento (ele no entanto já existe) numa área problemática.
Nada mais oportuno do que a agressão verbal e as ameaças de invasão. Está na hora, mais uma vez, de fazer soar os sons da guerra.

O Irão tem muitas contradições, sem dúvida. Mas tem de as resolver internamente porque tem força e poder para as solucionar com a vontade das suas populações que, valha a verdade, intelectualmente até estão acima de alguns estados europeus que bem conhecemos.

Mais difícil foi correr com um governo lacaio, corrupto de um Xá que se subjugou aos interesses americanos, e eles fizeram-no. Portanto se têm capacidades para produzir tipos de armas consideradas perigosas para a sua defesa, porque não fazê-las se possuem tecnologia, fábricas e pessoal competente para isso? É na terra deles, para o bem e para o mal! E que eu saiba dentro de nossa casa quem deve mandar somos nós!

E ao menos contribuem para que finalmente se comece a esboçar um equilíbrio neste mundo em que é quase tudo do sheriff.

Khoda Hafez

Não, não foi o DAESH. Sabemos bem quem foi!!

Daesh reivindica ataque a sala de espectáculos em Moscovo. Há dezenas de mortos in Público 23/03/2024 Quando há 2/3 semanas antes, o mundo o...

Mensagens