tag:blogger.com,1999:blog-23429215.post8333618272101708870..comments2023-08-11T13:36:32.026+01:00Comments on Aryan: Porquê??Guilherme Morgadohttp://www.blogger.com/profile/15262778971807426217noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-23429215.post-35664675030915964822007-11-07T22:53:00.000+00:002007-11-07T22:53:00.000+00:00A propósito da sua preocupação:______________Carta...A propósito da sua preocupação:<BR/><BR/>______________<BR/><BR/>Carta Aberta ao Senhor Presidente<BR/>da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária<BR/><BR/><BR/><BR/>Exmo Sr.<BR/><BR/>A extraordinária concentração de acidentes graves, e "espectaculares", nos últimos dias tem motivado uma enorme cobertura mediática e desencadeado todo o tipo de especulações e aproveitamentos. São factores que propiciam estes fenómenos: <BR/><BR/>- a violência dos acidentes que inclui, em certos casos, o desmembramento dos corpos das vítimas<BR/>- o envolvimento de idosos e crianças e a existência de relações de parentesco entre as vítimas<BR/>- o número de vítimas e as circunstâncias em que os acidentes se verificaram<BR/><BR/>Todos estes aspectos têm sido glosados nos meios de comunicação, muitas vezes de forma sensacionalista, e são aproveitados por alguns para gerar um ambiente social marcado pelo alarmismo embora a coincidência dos acidentes no tempo não tenha qualquer significado estatístico.<BR/>Publicita-se o número de mortos e feridos, refere-se a hora matutina a que as vítimas se levantaram para ir trabalhar, divulga-se o percurso da excursão e a sua passagem por Fátima, menciona-se aspectos da vida privada dos atingidos. Tudo isto desencadeia no público emoções compreensíveis mas não as reflexões necessárias.<BR/><BR/>Não têm surgido descrições objectivas e explicações racionais para o que realmente aconteceu. "As causas do acidente estão a ser estudadas" e, como vem sendo hábito, acabarão por nunca ser claramente enunciadas para o grande público. Essa lacuna abre campo a todas as teorias fantasiosas, reforça o clima de insegurança e não ajuda desenhar as medidas que poderiam prevenir os futuros acidentes. <BR/><BR/>Na prevenção dos acidentes rodoviários o mais importante é o "como" e o "porquê" e não o "quem". As causas e não as culpas. Não é possível prevenir o que se desconhece ou aquilo que não se compreende.<BR/><BR/>Torna-se assim imperioso que alguma instituição oficial competente, por exemplo aquela a que preside V. Exa., ponha cobro a esta indefinição e avance com relatórios, para cada um dos acidentes, em que fiquem claramente estabelecidos:<BR/>- os aspectos factuais, apurados e confirmados, das circunstâncias do acidente<BR/>- os factores propiciadores ou causadores do acidente e o grau da sua influência<BR/>- as medidas em curso, ou planeadas, para responder aos factores que intervieram no acidente<BR/><BR/>Estes relatórios deveriam tornar-se obrigatórios sempre que há vítimas graves e ser publicados e acessíveis a todos os cidadãos através da internet.<BR/>Não só ajudariam a esclarecer os acidentes ocorridos mas também educavam os cidadãos para se precaverem relativamente aos factores de risco.F. Penim Redondohttps://www.blogger.com/profile/00731930206082899728noreply@blogger.com