Um pesadelo chamado Líbia

From China Daily 25/02/2015

As acções ficam com quem as faz.
Mal ou bem o resultado das nossas atitudes repercutem-se nos tempos seguintes com suavidade e doçura ou com agressividade e destruição.

Recorro a este assunto que muito vivi e me doeu, (até porque reconheço e não me custa assumir que sentia alguma simpatia por Kadhafi), desde o levantamento popular contra este ditador até à intervenção criminosa da UE/USA.

Após a morte infame de Khadafi, a quem alguns energúmenos ministros das democracias Ocidentais chamaram de tenebroso ditador e apoiante do terrorismo internacional, sem se lembrarem que o reconheceram e receberam (inclusive Portugal) nos seus países, para além de firmarem acordos muitíssimo vantajosos, o Ocidente concluiu erradamente, como já vem sendo habitual, que poderia controlar à fartazana os poços de petróleo daquele País mediante a usual acção do bombardeamento tão de agrado dessa gente e a colocação de uns governantes fantoches sempre no mais escrupuloso respeito pelas normas democráticas e reconhecimento dos direitos humanos, blá, blá, blá.Enfim aquela treta toda que nos têm injectado diariamente para ver se engolimos a cassete e nos esquecemos que somos governados e administrados por autênticos canalhas, gente de mau porte e sem moral.

O resultado está à vista; hoje a Líbia é um não Estado ou não País, por onde se guerreiam hordas de gangsters, terroristas, criminosos, bandalhos, gente das trevas, rambos de trazer por casa e toda a casta de bandidos que devia pagar para estar viva, mas que tem esse beneplácito à pala do Ocidente.

Muito gostaria eu de perguntar aos senhores Barroso, Cameron, Nicola Sarkozy, Sílvio Berlusconi, Mariano Rajoy e ao Pai de todos estes sacanas do outro lado do Atlântico, bem às escondidas e num canto recôndito de qualquer dos seus Palácios, se têm a consciência tranquila daquilo que originaram; a responsabilidade de hoje estar a Europa em face de um perigo que poderá destruir todo o nosso sistema e modo de vida?

Admito que Khadafi seria um filho da puta, mas não foi muito diferente dos figurões acima referidos e que por cá continuam sem castigo.
Aquele seguramente não deixaria a Líbia entrar na desgraça em que se encontra, admito que utilizando métodos bem do conhecimeto dos seus carrascos.

Resta-nos ao menos agradecer o facto de na Síria, Bashar Al Assad ter tido força e apoio dos Russos e Chineses, em aguentar a vergonhosa intervenção do Ocidente no seu País.

Primaveras por este Mundo em que se intrometam Europeus e Americanos, transformam-se facilmente, mais cedo ou mais tarde em negros invernos, pesadelos e embustes difíceis de se ultrapassar.

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