Salam Benazir Bhutto



Pai! Morreu Benazir Bhutto!
Quando a minha filha mo disse pelo telefone, a minha primeira reacção foi de autêntico choque.
Foi como se um projéctil me atravessasse e de repente me faltasse o ar para respirar.
Calei-me sem conseguir sequer expressar um simples ai.

Não era nada que não se estivesse à espera. Sempre tive a sensação que em qualquer momento algo de mau e violento lhe aconteceria.

Via Benazir Bhutto como uma pessoa cuja educação (estudou na Europa e nos EUA) a colocava longe de um país como o Paquistão.
Era uma mulher inteligente e muito bonita, preceitos que nada a favoreciam no meio daquela canalhada.
Algo não encaixava no meio daquela espécie humana que trata assim os seus semelhantes.

Este desaparecimento de Benazir Bhutto é como que se no meio de uma gigantesca estrumeira fosse espezinhada a única rosa que ali existia.

Seguramente que deus não existe.

Tudo "bons rapazes"




Claques de futebol
Nos Super Dragões cabem os polícias e os ladrões
23.12.2007 - 09h46 Ana Cristina Pereira
César só tem 14 anos, mas não hesita um milésimo de segundo: "Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa". Não percebeu? Não haja cá confusões entre a maior claque do FC Porto, que ele integra, e os homens detidos no âmbito da operação Noite Branca, mesmo que a maior parte deles tenha algum tipo de laço com os Super Dragões.

O que o coração de César lhe grita não será uma evidência para qualquer mortal, a avaliar pelo que tem sido dito (ou escrito) por vários comentadores (ou colunistas). Mas é-o para Daniel Seabra - o antropólogo que fez um mestrado sobre os Super Dragões e está a ultimar o doutoramento sobre claques,…..



………, e por aí adiante!!!!!!!!!!!!

Isto reza um artigo do Público de 23 de Dezembro de 2007.
É verdade. É a este jornalismo que nos querem obrigar a ter direito!

Onde estamos??? Para onde vamos???

Com artigos destes, de escondido mas provocante apoio a todo o tipo de energúmenos que proliferam nas claques desportivas e que mais não são do que potenciais criminosos, está-se a pretender desculpabilizar bandos de facínoras das noites, sejam eles do Porto de Lisboa ou de qualquer outro lado.

Até se começar a ter pena destes assassinos, vai um saltinho de notícia maliciosa, maldosa e insidiosa que toda a imprensa em geral e com um afã nunca visto está deliberadamente a criar todos os dias. Nem que para isso se esteja a valorizar um "doutoramento em claques desportivas" de um "eminente" antropólogo cá da nossa praça com toda a certeza bem "licenciado" por mais uma qualquer universidade privada portuguesa de tão eloquentes princípios como aqueles que já estamos infelizmente habituados.

A violência é uma boa opção, aumenta as vendas e dá importância a alguns jornalistas e/ou comentadores, conhecidíssimo figurões, responsáveis pelas tenebrosas centrais de informação deste País.

Por este andar, daqui a pouco os culpados somos todos nós que cá fora não compreendemos que o facto de sermos ofendidos, agredidos e mortos a tiro ou à paulada faz parte da “recuperação social” desta gente selvagem e sem qualquer tipo de sentimentos.

Nestes dias que correm já começa a ser muito difícil lutar contra a mediocridade e a ortodoxia implantada nas nossas mentalidades atrofiadas por aquilo que se vê nas televisões e se lê nos nossos jornais.
Contentemo-nos em festejar o natal para não pensarmos em coisas importantes!

"Os fracos não são amados nem ouvidos, são insultados"




"Os fracos não são amados nem ouvidos, são insultados".

Foi esta a resposta do vice-primeiro-ministro russo Sergei Ivanov defendendo que o seu País, a Rússia, deveria ter um poderio bélico semelhante ao dos Estados Unidos, não excluindo a posse de armas nucleares.

Felizmente que o fiel da balança aos poucos começa a desviar-se para o equilíbrio natural.
Já fazia falta responder à arrogância com a mesma moeda!

IRÃO - Viagem ao País das Rosas




ایران
سفر به سرزمین گالهای سرخ.

آدالبرتو آلوش


Dia 6 de Dezembro de 2007, 19:00 horas, Teatro de Dona Maria II em Lisboa.
Lançamento de um livro do Mestre da poesia nacional DR. ADALBERTO ALVES, amante e conhecedor incomparável da cultura Islâmica e Árabe que tanto influenciou o nosso País, mas que por negligência ou ignorância muitas vezes imposta, mantém-se discretamente relegada, embora sempre presente, na sombra do nosso caminho como Pátria e Povo.
O Livro bilingue (português e farsi), Irão – Viagem ao País das Rosas, resultado de uma viagem que o Mestre Adalberto Alves fez à Pátria de Ibn Sina (Avicena), Ferdowsi, Sa´di, Rumi e outros tantos poetas, é um tributo à amizade e respeito entre povos.



Há uma longa relação de quinhentos anos, uma base linguística comum, a Indo-europeia, uma semelhança cultural e étnica profunda estando ambos os povos no entanto fisicamente tão separados.
Para mim que tenho orgulho em conhecer o Irão e de ter estudado a sua maravilhosa língua (farsi) é um privilégio ter o Mestre Adalberto Alves como amigo.
Quanto eu gostaria de escrever um livro assim!

- A tradução para Farsi foi efectuada pela Dra. Sepidh Radfa.
- As maravilhosas ilustrações foram da responsabilidade da Dra. Isabel Ferreira da Silva.
- A editora, só poderia ser a Ésquilo.

Feel the love and Merry Christmas



O processo tenebroso estava em marcha.
Seguramente continua em marcha porque a sede criminosa não deve obrigatoriamente parar.
Depois do grande embuste que foi o Irak, depois da desgraça em que se transformaram as forças americanas naquilo que foi uma aventura desumana e sem o mínimo de razão para acontecer, depois de se ter destruído um país e um povo inteiro obrigando este a procurar no estrangeiro asilo político (mais de 4.000.000 de iraquianos vivem nos países limítrofes), depois de transformar num autêntico inferno digno de uma imagem de Dante todo o Irak e sentir que a derrota está à porta e que lhes há-de sair bastante cara, eis que na senda do mal procuraram virar as armas para o Irão.
Inventaram tudo para que a acção tivesse lagartas de tanque para andar.

Óh desgraça das desgraças; os serviços de segurança americanos (da sua própria casa) chegaram à conclusão que este país asiático desde 2003 não estaria em condições de desenvolver energia nuclear para fins militares.
Mesmo assim os “Padrinhos do Mal” pressionaram os aliados (alguns e cada vez menos) para que imponham sanções económicas à República Islâmica.

A Europa Comunitária continuará a fazer o papel de parola, pseudo ingénua e cobarde, a assobiar para o lado e a “miar” pelos Direitos Humanos (treta).

Valha-nos ao menos a Rússia de Putin e a China dos crescimentos económicos de 12% ao ano para se imporem frontalmente perante uma administração americana desumana, terrorista e que perigosamente nos tem enviado para o caos.



Neste final de 2007 e nesta época que para os Católicos é de festa, há que aceitar que nem todos gostam desta “democracia” tal como neste momento ela se nos apresenta.
Há que aceitar que em muitos países este tipo de sistema demorar-se-á a impor mais do que aquele que “nós” pela força o queremos impor!
Há que lembrar que nestes tempos de hoje tudo se está a passar como a democracia tivesse mudado de natureza, que a pior das coisas nasce da melhor e que vivemos uma época de pós-democracia como lugar de democracia enganadora.
Há que aceitar que a secular pilhagem por parte do Ocidente às fontes energéticas desses países está no fim!
Eles não são burros! Nós é que temos a mania que somos espertos!

Oxalá me engane

A partir do dia 10 de Dezembro de 2007, com a independência do Kosovo (?), não nos assiste no Ocidente qualquer tipo de moral para não se aceitar o direito à independência das províncias autónomas espanholas, da destruição da Bélgica (valões para um lado e flamengos para o outro), escoceses, galeses, etnias minoritárias na Hungria, Roménia, República Checa, países do Báltico, minorias nas antigas repúblicas soviéticas, etc, etc, etc.
Que não se procure inventar situações diferentes consoante o quadrante político em que nos encontramos e que não atinjamos orgasmos intelectuais da treta para se desculpar "este" porque alinha com os Russos e "aqueles" porque se alinham com as democracias Ocidentais.
As asneiras que cá se fazem, pagá-las-emos mais tarde, não tenhamos dúvida e esta independência do Kosovo, por imposição do tio sam e dos seus mac donalds apalhaçados, vão-nos seguramente causar muita dor e angustia daqui a alguns meses.
Oxalá me engane!

São 740.000



São 740.000 portugueses os pobres mais pobres contabilizados pelas estatísticas nacionais.
São 7,4% da população do País (vêr Público de 11 de Novembro de 2007).
Vivem com menos de €8.0 por dia.
Leu bem; € 8.0 por dia.

Pouco mais do que um bitoque que muitos de nós, à hora de almoço, mastiga nas “manjedouras” no centro das grandes cidades deste País que desde que me conheço tem sido, na pior acepção da palavra padrasto para os seus filhos.
E ainda ficam de fora os séculos anteriores para não nos envergonharmos mais.

E por favor não me venham com a conversa paternalista e moralista da treta, dizer que esta gente não quer trabalhar!

Existe isso sim uma injustiça social gritante em que é cada vez mais evidente a petulância imoral, estúpida e mesquinha de uns quantos que fazem alarde das suas posses (sabe-se lá de que maneira chegaram a essas posses), perante uma classe média atrofiada, sem peso nenhum na política e organização portuguesa e uma classe pobre cada vez mais pobre e numerosa.

Já vivi e conheço o suficiente para com toda a certeza afirmar que somos incapazes de solucionar as questões mais básicas de uma vivência no mínimo digna para todos os nossos compatriotas. Faz parte da nossa cultura gostar de ter "os nossos pobrezinhos, os nosso pedintes".

Por isso devia haver contenção e um pouco de vergonha quando falamos das deficiências sociais noutros países e não olhamos para o nosso umbigo onde o mau cheiro tresanda há muito tempo.

Se houve esperança após o 25 de Abril essa foi morta à nascença, pois nenhum dos partidos que nos governou foi até hoje capaz de eliminar esta chaga social.
Mesmo após a entrada na Comunidade Europeia e com todo o dinheiro que se recebeu fomos incapazes de ultrapassar os limites mínimos de vivência e bem estar social.

Fomos acusados de incompetência em gestão de dinheiros comunitários, chamados de ladrões.
Remetendo-nos vergonhosamente para o fim da lista, inclusive atrás de Países que há bem pouco estavam em pior situação. Simplesmente degradante!

Podemos acusar este povo de falta de cultura, de analfabetismo e de falta de cuidado nos seus gastos e despesas. É verdade mas não é tudo.
Após o 25 de Abril de 1974 as facilidades, a falta de preparação e cultura, entre muitas outras razões, foram responsáveis pela rebaldaria que se gerou na altura e se projectou nas gerações seguintes.

Nós não queríamos que os nossos descendentes passassem o que passámos durante o governo fascista de Salazar e seus esbirros! E errámos muito começando por nivelar por baixo.

E agora ao fim de 34 anos, continuamos como anteriormente a referir-nos a pessoas que vivem no limiar de pobreza, da ajuda de amigos ou familiares.

Tal como nos anos sessenta! Na miséria quase completa!
E isto num país de 10 milhões de habitantes em plena Europa dita "democrática" e tolerante, lado a lado com um País vizinho que nos dá exemplos de desenvolvimento.
Nem assim somos capazes de o imitar, de aprender.

Em Portugal com toda a normalidade e imoralidade desculpam-se dívidas familiares de 12 milhões de Euros, entre outras (muitíssimas) situações de gritante injustiça em que os lucros da banca de centenas de milhão de Euros são um exemplo gritante.

É o mercado a funcionar, dirão os nossos “inteligentes” economistas (simples contabilistas) e alguns comentaristas de imprensa que venderam a alma ao diabo (leia-se patronato) para poderem engordar e lambusarem-se com as sobras que lhes atiram para debaixo da mesa ou para o canto da sala.

Já dei para este peditório o suficiente, mas ainda me comovi quando ouvi e vi no Pavilhão Atlântico a Mariza cantar um poema sobre o meu povo.

Com alguma dor, há algum tempo, dou por mim a afastar-me cada vez mais de Portugal.
Neste momento muitos dos seus filhos e seguramente os melhores, Portugal não os merece. Por isso se vão para sempre.
Está realmente na hora de sair!

Quando é necessária uma revolução a sério, pouco me interessa uma pseudo evolução que seguramente não irá alterar nada do que existe de mal na nossa sociedade.
Não sou daqueles que se contenta por haver uma rosa no entulho.
Normalmente retiro-a com cuidade e vou plantá-la num canteiro limpo!

"Bienvenido a usted Compañero Hugo Chavez"



Ei-lo que chega a Santiago de Chile!!!!

E logo no discurso de introdução, nada como saudar a memória de Salvador Allende!
A provocaçãozinha com um delicioso sabor agridoce para desenjoar o protocolo sonolento e fastidioso ad nauseum da entrada dos outros “senhores” que de imediato, passaram despercebidos e enviados para um merecido segundo e/ou terceiro plano.

Tenho de admirar este HOMEM.
Admiro-o porque não tem medo de dizer na cara de “alguns democratas”, tudo o que não querem nem gostam de ouvir.
Na vida, caírem-nos algumas vaidades e engolir algumas verdades custa muito.

E então foi um engolir em seco, sorrir com um escondido ranger de dentes e, óh sublime, suprema alegria e satisfação minha (e não só seguramente), terem de aplaudir longamente até que as mãos lhes doam.

Foi assim a chegada super mediática de Hugo Chávez em Santiago de Chile. Foi assim a recepção feita pela presidente Michelle Bachelet.
Basta ler o jornal da direita chilena El Mercurio (o que lhes deve ter custado noticiar esta chegada).

Todo o resto ficou na penumbra, chegasse antes ou depois do Presidente Venezuelano.

É que cada um tem aquilo que merece e “para ir à frente dos outros é preciso ver mais do que eles” já dizia o poeta cubano José Marti.

Porquê??



Já se ultrapassaram todas as tolerancias do admissível e há muito que se entrou no inadmissível.
É difícil entender o que se passa na cabeça das pessoas que provocam, indirectamente talvez, creio eu, tipos de acidente como aqueles que enlutaram diversas famílias nestes ultimos dias; o atropelamento na Praça do Comércio em Lisboa, outro na área de Tires e por fim o acidente que provocou mais 15 mortos na A23 em Castelo Branco.
Não é dificil a quem viaja todos os dias como eu, pelas autoestradas e estradas deste País verificar que para que uns selvagens e irracionais usem os seus carros como armas letais, outros tenham de se encolher até ao limite, caso contrário os números dos acidentados tomariam a dimensão de autentico terrorismo!
Não bastam criar-se institutos de prevenção rodoviária, aumentar as operações stops, etc, etc.
Passa tudo pela formação e pela educação das pessoas. E essa realmente não existe.

Sinto muito pelo que aconteceu às vítimas. Lamento profundamente.
O mesmo não posso dizer dos que provocaram os acidentes!
Só lhes posso desejar que lhes pese profundamente a consciência enquanto viverem!

Rugby dar Tehran - روگبی در تهران



Por deficiência cultural, histórica ou por total desinteresse pelas realidades em países considerados erradamente fora das nossas bitolas europeias de desenvolvimento(nós que falamos tanto até nem somos um modelo de desenvolvimento a seguir seja por quem for), talvez convenha que em Portugal se saiba que o Rugby também é jogado no Irão, país islâmico, considerado pária pelos “virtuosos democratas” do costume e em fase de vir a ser agredido e invadido pelos sacro santos defensores das "liberdades democráticas e de pios direitos humanos".
Quem não sabe ou anda mal informado, ou não viu e não cheirou, obviamente que é facilmente “levado”.
Na situação de ignorância militante tão lusitana, aceita de bom grado os barretes que lhes enfiam os jornais e tv´s pela cabeça abaixo.
Eu que tive o privilégio de conhecer, viver, estudar em Tehran e de saber falar farsi (coisa que seguramente 99,99% dos tugas não sabem) vejo as coisas de outra maneira embora reconheça que como em todo o lado do mundo, muita asneira se faz e muita coisa urge modificar naquele País. Mas não falo de borla e falo com conhecimento da causa. É só essa a diferença!
Aqui vai uma jogadora de uma equipa de rugby feminina da Universidade de Tehran!
É que convém de vez em quando que se consultem alguns sites iranianos na Internet para que além de alargarmos os nossos (vossos) horizontes, concluamos que andamos a ser muito bem embarrilados.
- کشور ایران خیلی دیدنی

Grandes irresponsáveis



Confesso que depois de ter saído da empresa onde trabalhei cerca de 35 anos, mais 40 anos de descontos para a Caixa Nacional de Pensões, pensei em parar e fazer algo diferente. As condições de pré reforma são razoáveis, mais alguns posinhos, etc, dá para estar à vontade. Ainda vivi “do ar” durante 4 meses, até que o bichinho do nostálgico e necessário stress começou a picar.

Resultado; comecei a trabalhar outra vez. O ramo é diferente, mas mais aliciante. Um mês em Mozambique como consultor, se gostar voltarei ao ritmo de três meses lá, um mês cá. Vamos ver no que dá.

Mas isto serve só para intróito, para justificar o título acima referido.
Todas as manhãs, faço a estuporada A5, começando a apanhar as famigeradas bichas de carros (odeio o brasileirismo filas) a partir das portagens de S. Domingos de Rana ou Carcavelos como queiram chamar. Depois é o pára arranca do costume até Algés. Enfim, vamos ouvindo música e vendo as avarias e comportamentos dos anormais da estrada.
Mas hoje dia 2 de Novembro, foi num ápice que cheguei a Algés.
Pois; a ponte. A maldita ponte de sexta-feira depois de um feriado religioso (católico). Seguro que noventa por cento das pessoas desconhecem a razão da existência deste feriado, mas aí vão eles de abalada para fim de semana prolongado (mini férias como se diz).

Quase que param o País com estes feriados e pontes. O maralhal quer é festa, futebol e encher a boca de sardinhas (o ingleses conhecem-nos bem).

Está bem, continuem assim que vão bem longe. Depois continuem a fazer empréstimos às instituições de crédito que elas agradecem do fundo do coração a vossa parolice e estupidez, continuem-se a queixar à Deco depois de feita a burrada que ela resolve-vos o problema! Continuem a comer pão com pão (de véspera) para poderem pagar as prestações dos carros topo de gama e as casas da linha, única maneira de acharem que têm estatuto. Empenhem até à medula tudo o que não têm, para pagar os colégios privados dos vossos filhos (no oficial eles não têm capacidade intelectual para singrarem), gastem os plafond´s dos vossos cartões de crédito dourados adquiridos nos Shoppings da vossa ignorância, alimentem os patos bravos dos serviços de hotelaria do Algarve, do sul de Espanha ou, o que é pior, no Nordeste brasileiro. Todos eles agradecem a vossa ignorância, cretinice e estupidez.
Realmente este país não existe.
Depois de todos os relatórios internacionais que nos colocam nas posições secundárias em todos os aspectos, única e exclusivamente por nossa culpa, esta maltosa continua impávida e serena como se nada se passasse.
Se pudesse não contribuiria com mais nada para esta grande janaria.

Mesmo que............!!!



"Mesmo que me dê decepções o comunismo é uma convicção", diz Saramago na ultima entrevista do Diário de Notícias de 28 de Outubro de 2007.
O Homem continua igual a si próprio, não engana ninguem, não lambe botas a ninguem, não se enxovalha para atingir fins menos limpos como alguns "eruditos" do nosso tempo e não embarca nem embarcará no "lixo" que inunda os nossos dias cinzentos.
Enfim, outros tempos, outros princípios. Tambem, nestes tempos que correm já não existem princípios, razão pela qual este Homem é uma raridade e é tão ad nauseum verborraicamente agredido! Grande Saramago!

Divagações de uma Sexta feira



Contemplativo que estou, como se tivesse a sorte de estar perante uma paisagem como aquela que vos mostro, não tenho estado nada virado para a escrita.
Mesmo nada.
Ultimamente tenho-me abstido de comentar o que quer que seja embora motivos não faltem em barda.
Nesta fase em que a caixa de velocidades da minha vida está engatada à espera da minha já próxima partida para Moçambique (nunca mais paro de trabalhar), tenho-me sentido bastante longe das realidades do País, embora um ou outro ponto do que se passa lá fora me mereça uma atenção mais cuidada dado o impacto que tem directa ou indirectamente em todos nós.
Depois também porque acabou e da melhor maneira, um evento que me entusiasmou imenso; o Campeonato Mundial de Rugby em França.
Ainda estou na ressaca.
Este, tal como os Jogos Olímpicos, é daqueles fenómenos que começam a deixar saudades mesmo antes de acabar.

Mas, à laia de highlights, não podia deixar de comentar um acontecimento que está em marcha neste mês de Outubro que mais parece um Agosto a convidar praia, vela e uns valentes mergulhos; a Cimeira EU - Rússia!!!!
Sempre, mas sempre gostei da Rússia. Em tempos passados a União Soviética fascinava-me em todos os aspectos. Repito para não haver dúvidas: em todos os aspectos!
Mesmo aqueles em que os ditos “direitos humanos” eram desrespeitados (como se no lado de cá isso não tenha sempre acontecido). Por alguma razão estudei Russo e .... algo mais.




Depois veio a famigerada Perestroïka de Gorbatchev que hoje se arrepende (tarde) da burrada que fez e de ter sido pai de tamanho aborto.
A seguir veio o que se esperava; o vexame, o desprezo, o desrespeito, a humilhação por parte de um Ocidente arrogante e acéfalo. Se dos Estados Unidos não se poderia esperar outra coisa, já da Europa custava admitir. C´os diabos estão aqui ao nosso lado, para quê e porquê a instalação de rampas de mísseis do Pato Donaldo nas barbas de Moscovo?? Digam lá que não é só para provocar??


(imagem obtida da Wikipédia)

Como não podia deixar de ser Vladimir Putin de seu nome, não acreditou nem acredita nas “boas intenções” Ocidentais. Para embarcar tem de fabricar o seu próprio barco. Está a fabricá-lo. Aí está a Rússia a levantar o dedo (bem defronte do nariz dos Ocidentais) e a dizer que; “façam o que fizerem, temos sempre uma palavra a dizer que pesa tanto ou mais do que vocês todos juntos”.
Aqui está a razão porque não gostam dele.

E então é “vê-los” escrever nos jornais artigos ressabiados e acusatórios de suspeitos conluios na eliminação física de dissidentes (para mim mafiosos), entrevistas e conferências de imprensa com outros mafiosos russos expulsos da Rússia e a viverem em Inglaterra ou nos Estados Unidos (não poderia ser noutro local), a exigir-se a independência da Tchetchenia (só se fosse tudo louco), de um Kosovo para transformar os balcans num novo Irak dentro da Europa e ao mesmo tempo abrir precedentes legítimos nas ambições independentistas da Catalunha, País Basco, Andaluzia, Galiza, Bélgica, Lombardia e fico-me por aqui para não assustar.
Bem diz tovarich Putin que é mais amigo da Europa do que os próprios europeus (?).

A Guerra dos meus pesadelos




Como é possível que na memória de um Povo e de um País como o nosso se tenha passado tanto tempo sem haver necessidade (devia ser uma obrigação) de analisar e avaliar profundamente o que foi a Guerra Colonial travada em três frentes simultâneas e que nos sangrou até à exaustão.
Como foi possível, depois de ver ontem 17 de Outubro no programa A Guerra Colonial no Canal 1 da RTP, ouvir de alguém como ouvi, um comentário de que desconhecia em concreto os factos e as razões que deram origem ao mais sangrento conflito e ao mais desumano tratamento que foi infligido a um povo inteiro por um governo cinzento e tenebroso durante os anos de 1961 a 1974.




Pouco ou nada se fez para que as recordações dessa época triste, angustiante e medonha servissem ao menos para as gerações vindouras tomarem conhecimento real do que foram esses tempos.




Penso que não foi feito por vergonha. Vergonha do que fomos, do que fizemos, dos males que provocámos a populações inteiras e acima de tudo e por causa disso, dos males que fizemos a nós próprios, dos males que sofremos e ainda estamos a sofrer lambendo, ás escondidas e envergonhados, as feridas que tardam em sarar.
Somos um povo que não respeita a sua memória, porque também não tem educação nem cultura suficiente para reconhecer, analisar e estudar o que de bom e de mau fez na sua história.




Se até hoje não conseguimos exorcizar este demónio da Guerra Colonial como iríamos ter capacidade de exorcizar outros demónios como o Fascismo, a Inquisição, o isolamento perante a Europa, a insegurança perante os nossos vizinhos Espanhóis e o latente atraso cultural e económico?
Estive na Guiné, de 1971 a 1973 e senti todos os tormentos que os da minha juventude (?) sentiram.
Espero que este trabalho documental televisivo tão bem feito por quem como só Joaquim Furtado poderia fazer, revitalize e esclareça consciências e nos faça sentir respeito por quem forçado fez algo do qual não nos devemos esquecer, porque foi e é a nossa existência como povo e País com mais de nove séculos de existência.
Por pouco esclarecimento que este bom trabalho de Joaquim Furtado dê a um povo anestesiado e amante do Telelixo, já será o suficiente para quem secularmente teima em dormir sem ver que “lá fora” o Mundo avança.

Aos poucos.......



Aos poucos o fiel da balança da política internacional tende a desviar-se para o sempre desejado equilíbrio de forças (de onde nunca deveria ter saído).
Depois de ter sido enxovalhada, vilipendiada e desprezada pelo ocidente, a Rússia como uma Fénix, renasce para o mundo e logo na melhor altura.
Este apoio de Putin à República Islâmica do Irão (em crescendo admirável) é mais uma bofetada que alguns meios ocidentais, que baseiam a sua existencia na imposição dos seus interesses económicos pela agressão, necessitavam.
Há que contar com com eles quer se queira ou não. Portanto a solução evidente para estes casos será sempre o diálogo e não primeiro dar a facada e de seguida tentar sarar as feridas. Vejam-se os exemplos anexos!

Ensaio




Duplicaram, triplicaram e em certos casos quase quadruplicaram. Sim, estou a falar no número de crianças que abandonaram as anteriores modalidades desportivas, fossem elas quais fossem, para se dedicarem com absoluta curiosidade e motivação ao Grande Jogo, ao jogo da oval, à modalidade da camaradagem, da lealdade e da verdade desportiva; numa palavra ao Rugby (ou Râguebi para os mais lusitanistas que não eu).
Qual o segredo???? O sucesso de uma Selecção Nacional que mesmo com quatro derrotas em outros tantos jogos demonstrou, no Mundial em França que com uma vontade férrea e acima de tudo com um profundo amor a uma modalidade de eleição, se conseguem feitos que ultrapassam na maior parte dos casos a própria dimensão de quem os pratica, de quem luta, de quem quer!




É maravilhoso ver a quantidade de pequenotes, que a partir dos sete anos já correm pelos relvados de clubes da periferia de Lisboa e do Porto (só para falar nestas cidades), oval na mão, pontapé para a touche, tentativas de drop goal, step aways elegantíssimos, deliciando-se na execução de sprints, arranques, mudanças rápidas de sentido, na elaboração de fintas, mas acima de tudo nas tão espectaculares placagens e na alegria louca após a marcação de um ensaio.




Joguei durante muitos anos. Comecei aos 17 anos e fiz o meu último jogo oficial aos 42 como veterano. Vi e acompanhei todos os torneios nacionais e internacionais desta modalidade sempre que podia. Quando penso em tempos de felicidade, confesso que o Rugby ofereceu-me dos momentos mais felizes de toda a minha vida quando o praticava.



Por tudo aquilo que se lutou durante tanto tempo e pela alegria de ver a pequenada finalmente mudar o seu sentido desportivo para a mais bela e leal modalidade desportiva que o homem pratica, teremos que agradecer aos valorosos Lobos a lufada de ar puro que invadiu e refrescou este tão doentio ambiente desportivo que, para além de outros, vem envenenando este País!
Só gostaria que o exemplo fosse seguido noutros “campos”!

Os calhaus da Ibéria

Luis Filipe Menezes venceu!!!




Marques Mendes foi-se!!!




Num País de calhaus há sempre um que sobressai pelas mais diversas e piores razões.
Mas sendo "isto" um país de calhaus, nunca pensei que o fossem buscar ao fundo mais escuro da pedreira.
Vivam os calhaus da Peninsula Ibérica.
Orgulhosamente broncos!
No more comments!! Khoda Hafez

Em tudo há mínimos

Não estava à espera que uma atitude tão frontal, mas tão desejada, viesse de quem veio. Habituado que estava a ver Pedro Santana Lopes na televisão e a senti-lo tão ávido de protagonismo, nunca me passou pela cabeça que ele fosse capaz de fazer o que fez.
Realmente interromper uma entrevista política directa sobre um assunto que se pode considerar importante para a política nacional, para se assistir a um pivot de aspecto demente, histérico e anormal cobrir um não-evento sem notícia nem conteúdo (a chegada do José Mourinho que bem lá no seu íntimo nos deve chamar a todos e bem tarados), é de uma falta de respeito e sentido de oportunidade que só num País de gente doida e atrasada mental é possível acontecer.
Realmente este País está doente e pior ainda; está cada vez mais estúpido!




Fiquei contente com o que vi, mesmo muito contente.
Acima de tudo com uma sensação de alívio como se fosse dado um murro directo e potente ao estômago de alguém que diariamente nos lixa impunemente a vida e agride a nossa inteligência.
Embora não goste muito de PSL, abençoado seja ele pela atitude que tomou perante as câmaras da SIC, a estação televisiva mais vil, ranhosa e ordinária que alguma se fez em Portugal.
Espero que não se fique por aqui e que o exemplo seja promissoramente usado noutras situações de modo a pôr no lugar esta série de incompetentes e anormais que veiculam e inoculam doses de estupidez concentrada neste povo.

Obrigado PSL.

"Diferenças"



Esqueçam o futebol. Apreciem o que é verdadeiro desporto. Só Rugby!! Esqueçam os "tretas". Que se dê apoio a quem merece e luta!! Acabem com os chulos do esférico e enalteçam os herois da oval. VIVA O RUGBY. RUGBY É VIDA!

Special One



Um português interessante, facto notável e muito pouco vulgar em Portugal.
Estamos habituados a gajos porreiros e que não passam disso mas que pouco, muito pouco valor possuem (e então no mundo cinzento do futebol é o que mais há).
Limitam-se a transferir para o exterior a sua virtual importância, principalmente em bens de consumo. Mais nada!

José Mourinho é arrogante, é egocêntrico, desagradável até, mas estas características fazem dele um pessoa cativante e admirável. E porquê? Porque tem motivos de sobra para ser arrogante, desagradável e egoísta. Porque só assim atingiu em pouco tempo um patamar que a esmagadora maioria dos portugueses jamais podem atingir. E talvez também por nunca se ter agarrado à “santa terrinha” que o viu nascer e que forçosamente nada lhe daria pela simples razão de que nada tinha para lhe dar.



Gostaria de o conhecer. Os egocêntricos genuínos têm a vantagem de não falar de ninguém. Tem de haver tempo só para eles e passam esse mesmo tempo a falar de si, dos seus sucessos, dos seus projectos, planeiam as suas tarefas ao pormenor com diminuta margem de erro o que é uma mais valia importantíssima.

José Mourinho como profissional, é e será sempre um exemplo a seguir e estará sempre acima da mediocridade nacional. E por essa razão as invejas, as contestações as antipatias que muitos por aí verboreiam!



Mas como dizem e bem Nuestros Hermanos:
Es mejor ser odiado por lo que eres, que amado por lo que no eres.

TE RAUPARAHA HAKA




Ka mate! Ka mate! Ka ora! Ka ora!
Ka mate! Ka mate!
Tenei ta tangata puru huru
Naa nei tiki mai whaka whiti te Ra!
Hupane! Ka Upane!
A hupane! Ka Upane!
Whiti te Ra!
HI!




Que viva a morte, que viva a morte, que viva a vida, que viva a vida.
Foi o grito de guerra e incitamento à luta entre os povos Maoris e também contra os invasores ingleses.
É hoje o tradicional grito de luta e incitamento das selecções Nacionais de Rugby da Nova Zelândia, Samoa, Fiji e Tonga no inicio dos jogos da mais bela, excitante e leal modalidade desportiva que o Homem alguma vez praticou ou praticará.

Abençoado William Webb Ellis que no Colégio de Rugby em Inglaterra no ano de 1823 pensou com a cabeça e deixou de jogar com os pés.




O Rugby?? Seguramente mais do que uma religião, mais do que desporto, mais do que espectáculo, associa os valores da partilha, da amizade, da camaradagem, da tolerância, do respeito e da fraternidade entre os homens. Modelou o meu carácter, a minha determinação e a minha luta constante contra todos os malefícios que corroem o ser humano.




Jamais poderia deixar de assistir a um jogo da Selecção Portuguesa de Rugby que pela primeira vez e nos cinco Campeonatos Mundiais efectuados até hoje se apresentou com toda a dignidade em França para disputar um encontro com os melhores jogadores do Mundo, os All Blacks que não são nem mais nem menos o meu team de eleição.

Dupla sensação

Não é a primeira vez, nem será a ultima que tenho a sensação de viver num duplo País.
Um real, palpável, cheio de contradições apalermadas tais como o folhetim do BCP, o desaparecimento da Maddie, a propaganda doentia sobre o novo treinador do Benfica, a questão do novo aeroporto de Lisboa (nunca mais se resolve nada neste País), o TGV (idem, idem, aspas, aspas), os choradinhos ramelosos das telenovelas das execráveis SIC´s e TVI´s, etc, etc.
Outro virtual, ou pelo menos que me parece não estar coincidente com a realidade doentia portuguesa e que segue o seu caminho paralelo sem passar cartão à via do lado (direita ou esquerda já não sei).




Neste ultimo caso falo em Nelson Évora com o seu extraordinário triplo salto de 17,74 metros nos Campeonato do Mundo de Osaca e de Epifâneo da Franca cuja empresa (Chipidea Technology) foi integrada no gigante mundial americano fabricante de processadores. Nada mais nada menos do que a MIPS.




Se o primeiro com aquele sorriso doce e envergonhado deve ter posto as orelhas de alguns "prestimosos atletas" deste rincão ao rubro, o segundo sem pápas na lingua disse logo e bem que "A indústria electrónica portuguesa não tem o nível de desenvolvimento necessário para incorporar a nossa tecnologia"!
Tout court!
Devagarinho e aos poucos as realidades vão surgindo e demonstrando que só com boa formação educacional e escolar de base se conseguirá pelo menos acompanhar os melhores a nível internacional.
Até lá vamos continuar a aturar os carnavais diários que nos entopem e escurecem a mente à boa maneira tuga.

Sete Rosas Mais Tarde




Conheci o Eduardo à porta do café Pigalle na Amadora da minha infancia, da minha juventude, do rugby do Estrela, das contestações às diatribes e posicionamentos do PS À direita, etc.
Seguramente que não se lembrará de mim, já lá vão tantos anos e como em tudo na vida tomam-se rumos diferentes e na maior parte dos casos divergentes.
Gostava, gosto e gostarei sempre de ler os seus artigos, crónicas, comentários, um perfeito intelectual.
Sinto que com mais uma morte destas é toda uma cultura portuguesa que vai desaparecendo aos poucos, estando a tomar o seu lugar uma autentica horda periodística pirata.
Gostaria de saber qual a beleza e o sentido do título que Eduardo Prado Coelho iria dar às suas novas crónicas. Como o desconheço em absoluto é com todo o respeito que o utilizo neste meu pequeno contributo a uma pessoa que literariamente foi e será um modelo a seguir.

Come Be My Light

"Sinto que Deus não me quer, que Deus não é Deus e que ele não existe realmente."





O novo livro de Madre Teresa «Come Be My Light» agrupa as cartas enviadas aos seus confessores e superiores.

A correspondência salienta que passou a maior parte dos seus últimos 50 anos de vida, mais de metade da sua vida, em profunda crise espiritual. De tal ponto foi essa crise que inclusive a levou a duvidar da existência de Deus.


Bom! Quando assim é, quando um santo da casa pensa durante a sua vida deste modo ou "enlouqueceu" ou andou e sentiu que estava a enganar mundo inteiro, o que para mim é quase que imperdoável. Digo quase porque existiu nesta senhora uma consciência dos embustes em que foi e aceitou ser "enrolada" e, reconheça-se, deixou obra notável. Só por isso o quase!!

ENDEAVOUR

Há muito que não passo cartão ao meu Blogg.
Terá sido pelo facto do tempo estar morno e sugestivo para uma "bronzeadela". Terá sido por não estar com o espirito devidamente inflamado e revoltado para estravazar as intolerâncias ou terá sido por estarem todos a banhos lá para o Al Gharb coçando as barrigas cheias de cerveja, dedos engordurados das sardinhas assadas e cheios de micose por causa das areias da praia misturadas com a água do mar?
Deve ser de tudo isto!!



Mas não podia deixar passar o espetacular feito da Endeavour, aliás como todos os feitos ligados ao Cosmos e à Conquista do Espaço.



Não sou invejoso mas Dave Williams, Scott Kelly, Barbara Morgan e os restantes quatro cosmonautas fizeram-me coçar o cotovelo.
Resta-me imaginar a visão maravilhosa de ver o nosso planeta Terra à altura de 122 milhas (219,6 Kms), durante 12 dias, 17 horas, 55 minutos e 34 segundos, até aterrar no Kenedy Space Center pelos seus próprio meios, planando como uma pena de uma ave ao sabor de um vento meigo e bonançoso.



122 milhas de altura, no espaço, extasiado com o que a Mãe Natureza nos presenteia, graças tambem ao ser humano que consegue desenvolver através das ciencias matemáticas e físicas um equipamento que só a inteligencia humana pode ou poderá conceber. Longe das guerras, das misérias, dos deuses e cristos malditos que nos atormentam e atorfiam. Quem me dera ter lá estado.
É disto que eu gosto nos Americanos!!

(As imagens foram obtidas através do site da NASA. Com a devida licença.....)!!

Iranie Kashanguy



Já que Miguel Torga é tão injustamente esquecido, haja ao menos algo que nos acalme a revolta contra tanta manha maldosa e tão lusitana!
Tenho a certeza que vão gostar "disto"!
Eu gostei, porque vi, porque vivi e senti, porque andei e porque conheci.
Jamais esquecerei esses meses de Julho e Agosto de 2005.
Seguramente que um dia voltarei!

Esquecimento manhoso

.....e claro que não era dificil de prever.



A comemoração do Centenário do Nascimento de Miguel Torga um dos maiores escritores, poeta e ensaista portugues contemporaneo, logo foi caír num período de letargia nacional usual nesta terra; o mês de Agosto.



Por parte do Governo nem um comunicado, uma representação oficial, nada de nada!!
Daí o esquecimento manhoso, maldoso e preguiçoso tão vulgarizado, adubado e cultivado no nosso País. Erva daninha!

Que chatice ter de me deslocar agora do Algarve a Lisboa para uma comemoração destas!


Segundo dizia Torga; "é preciso contestar tudo isto para se gostar disto".
Bendito Torga que assim pensava e falava.
Por mim cada vez vejo menos razões por gostar disto, Para quê contestar?

Tou xim???




............."tou Xico, xou eu! Tou na aldeia do Piódão!, Num xabes undé? Nuncóbiste falar home?? Dijem qé muita conhexida. Fica aqui pra xima, numa xerra qualquera que tem uns groundes mountes", perguntava um "turista emigra" vestido com os seus horrorosos calções pirata às riscas brancas e amarelas, uma tshirt cinzenta horror (cor de fome) que mal lhe tapava a proeminente pança, calçando nos pés aqueles pirosos chinelos havaianos "made in Indonesia", agarrado a um telemóvel ultima geração que comprou "nas francias" e encostado à porta de um "xitroan che 4" de 2007 com aquelas pavorosas chapas de matrícula cor amarela, onde através da instalação sonora do veículo berrava poluentemente um nefando Quim Barreiros (ou parecido).
Enfim; um perfeito Tuga.



Olhei para ele e para a paisagem que me rodeava e pensei que alguem ali estava a mais, que destoava completamente. Era como se por instantes algum pato bravo recebe-se autorização camarária de construir um arranha céus de 30 andares no meio da Praça do Marques de Pombal e a 5 metros da estátua do mesmo.




Mas também poderia ser eu que estivesse a mais! Pensei que poderia estar a sonhar. Belisquei-me, dei carolos na cabeça, pisei-me a mim próprio. Mordi os dedos. Mas não. Eu estava realmente lá, tinha "visto", "cheirado" e "ouvido" bem demais!!




Perguntei para mim mesmo porque estaria eu desta maneira? Afinal todos têm o mesmos direitos de ver a beleza de uma aldeia como o Piódão, de subir e deliciar-se com as paisagens únicas das serras do Açor e da Lousã, de se extasiar com o nascer ou pôr do Sol nas suas encostas, de caminhar pelos seus trilhos de uma beleza incomparável, de se deixar levar pela música dos seus silencios, de ouvir o cantar das cigarras e dos seus pássaros.




Será que todos sabem "ver" e "sentir" isto?? Será que todos merecem "ter" estas paisagens?? Será que sim??. Às vezes penso que não, mas é só às vezes, depois passa-me!

Chega!!......., e chegou mesmo!

Nada acontece por acaso e hoje, dia 11 de Março de 2024, o meu País confronta-se com uma realidade diferente! No seio do seu sistema polític...

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