Jornalismo de primeira água

É evidente que estava para acontecer.

Não sou nem adivinho, nem vidente, nem crente ou apóstolo de qualquer seita.
Mas não era difícil prever que isto ia acontecer.

Já tinha comentado num artigo anterior que o nosso Primeiro Sócrates iria dar um belíssimo passeio a terras Angolanas (que saudades), tentar que naquelas terras tivéssemos alguma oportunidade para poder ajudar relançar a nossa economia.
Isto sabendo com realismo que já vamos tarde.

Se na altura já achava difícil então daqui para a frente muito mais. E muito mais porque o contributo para que isso acontecesse partiu, mais uma vez, das nossas atitudes jornalísticas pouco inteligentes, tipicamente de patos bravos (para não chamar tugas porque há quem goste de o ser).
Os nossos jornalistas, comentadores e articulistas promoveram uma campanha anti angolana do mais baixo teor jornalístico que se possa imaginar.

Incrível como ao fim de 32 anos, ainda haja quem sofra de dor de cotovelo e recalcamentos que definem um profundo e bolorento neo-colonialismo.

Mais uma vez o senhor José Manuel Fernandes do Público, que nem sequer conhece Angola, escreve um artigo profundamente provocatório, maldoso e manhoso. Intragável simplesmente! Mas não foi só ele! Houve mais.

Numa altura em que uma contenção nas palavras e atitudes seria o mais aconselhável, aparecem os arautos da desgraça, pregadores de feira, moralistas duvidosos e falcões sem penas com o alerta dos “direitos humanos”, Luanda vista do prisma que lhes interessa, ou a razão de independência que assiste aos bandos de Cabinda.

Claro está, a resposta veio da imprensa Angola de modo lapidar (e muito bem, diga-se de passagem).
Desde corruptos que têm nascido como cogumelos neste país, até focarem vergonhas lusitanas bem conhecidas (sistema judicial, criminalidade, etc, etc, etc, etc.).
Uma maravilha. Um suculento rol de realidades digno de ser conhecido e que só nos envergonha.
Aconselho a entrarem nos sites da imprensa angolana. Uma delícia.

Continuamos a ser um país que não aprende com as asneiras que fez e faz e que as repete até à exaustão como se da primeira vez se tratasse.
Pelas nossas atitudes de bisbilhoteiros, manhosos, provocadores baixos e linguarudos, realmente não merecemos melhor sorte!

Valha-me ao menos saber com profunda alegria que hoje a Vénus Express vai entrar na orbita do planeta Vénus. O que vai encontrar não será muito convidativo à vida humana. Mas seguramente que existe um ambiente despoluído dos JMF´s.
Saudações.


Nota: A semana passada viajaram para a Republica Islâmica do Irão uma comissão de portugueses em visita de cortesia organizada pela Embaixada daquela Republica em Lisboa onde estava incluído um ramalhete de alguns dos nossos melhores "repórteres".
Só que o JMF não foi (nem tinha nada que ir).
Querem apostar comigo como ele vai fazer um artigo a desancar o país dos Ayatollás com se lá tivesse vivido e conhecesse as realidades daquele País??
Leiam o Público das próximas duas semanas.

2 comentários:

UTokLismo disse...

Amigo Morgado, a do Tuga era certamente para mim, não tenho essa abreviatura como sendo um termo depreciativo, como tal tenho orgulho em ser Tuga, afinal foi um termo usado para designar os nossos imigrantes, que independentemente de serem ou não "patos bravos", são considerados bons trabalhadores.
Mas infelizmente Portugal e não só é cada vez mais dos "chicos espertos".
Quanto ao resto tem a resposta no Blog da Catarina.
...quantas vezes nos são permitidas repetir um erro!?

Guilherme Morgado disse...

Realmente vou-me conter nessa do Tuga. O meu amigo tem razão.
Tambem o sou!
Quantos aos erros, ..... ,
sabe, quando se passa a casa dos cinquenta ficamos assim, como se os nossos feitos e aventuras anteriores tenham sido perfeitas.
Digamos que me sinto de algum modo desiludido com aquilo que vejo versus o que gostaria de ver.

Mas tenho a noção que exagero porque se melhorou exponencialmente.

Uma boa Páscoa
GMorgado

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